segunda-feira, 12 de abril de 2010

CRIVELLA PRESTA SOLIDARIEDADE A MORADORES DO MORRO DO BUMBA

Depois de passar a semana em Brasília lutando para trazer mais recursos para o Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) fez questão de visitar o Morro do Bumba na tarde da sexta-feira passada, onde prestou solidariedade aos moradores e a familiares das vítimas do deslizamento que devastou a comunidade na quarta-feira. "Fiquei muito impressionado. Estou muito triste. Temos que mudar radicalmente nossa política habitacional" constata Crivella. Após fazer oração pelas vítimas dos deslizamentos, ao vivo, pela Rede Record, de uma casa de frente para o morro, Crivella foi conhecer de perto o trabalho de resgate dos bombeiros e conversou com o coronel José Carlos, comandante responsável pelas operações de busca no Bumba.

"A situação está extremamente difícil aqui. Há 99% de chances de não encontrarmos mais sobreviventes, mas trabalhamos com todo o cuidado com o objetivo e esperança de ainda encontrar pessoas com vida", revela o coronel. Segundo o coronel dos Bombeiros, o trabalho é feito minuciosamente, com retroescavadeiras. Apesar de as equipes de resgate necessitarem das máquinas, já que o serviço manual se tornou impossível, a qualquer sinal de vida humana um profissional da área médica verifica, com todo o cuidado, se é mais um sobrevivente. "É preciso investir em prevenção. Só podemos dizer que a defesa civil está funcionando quando ela consegue obter informações dos serviços de meteorologia de que grandes tempestades estão a caminho e puder, a tempo, retirar provisoriamente todas as pessoas das áreas de risco iminente, com apoio de geólogos, até que as chuvas diminuam. Igrejas, escolas e abrigos oficiais podem ser usados para esse fim", aconselha Crivella.

Crivella lembra que é função primordial do agente público investir maciçamente em habitação. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um grande passo ao criar o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, cujo projeto teve a relatoria do próprio Crivella e dormitava há anos nas gavetas do Congresso Nacional. Ele recria o Banco Nacional de Habitação (BNH), com estrutura diferenciada, com menos burocracia, dando ênfase em financiamentos para as camadas mais populares. O projeto Minha Casa, Minha vida, por exemplo, dá subsídios de até R$ 23 mil para quem ganha de 1 a 2 salários mínimos e pretende comprar casa própria. Já foram negociadas 600 mil unidades, e há expectativa de que até o fim de um eventual governo Dilma Rousseff esse número chegue a 2 milhões. "Há quantos anos o poder público não faz casas em massa para pobres? Todo mundo sabe que essas pessoas correm risco nessas áreas, mas para onde vamos levá-las?", questiona Crivella. Crivella lembra que nos Estados Unidos o secretário de Defesa Civil tem poderes absolutos, “quase de um presidente da República”: "Lá (nos EUA), o secretário de Defesa Civil pode requisitar até um navio de grande porte, do governo americano, se precisar, para resolver alguma emergência, e tem contato direto com o serviço de meteorologia, que funciona muito bem, o que não é o caso do Brasil, onde precisa ser aperfeiçoado".

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) de Cubango, situada a cerca de 300 metros do Morro do Bumba, virou um grande abrigo para atender aos desabrigados. Cerca de 100 voluntários recebem moradores que tiveram de deixar suas casas e os encaminham a abrigos da prefeitura. Antes, eles recebem alimentação e roupas. O pastor Tiago coordena os trabalhos. Cíntia, de 18 anos, é uma das vítimas do deslizamento do Morro do Bumba que procurou ajuda na IURD.
com Amigos do Crivella

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