A Ong Mulher que Faz nasceu do sonho de um grupo de mulheres da cidade do Rio de Janeiro, que se preocupavam com a situação de meninas carentes desamparadas que ficavam grávidas muito antes do tempo. Entre as fundadoras Lúcia Machado, Fátima Xavier, Eliana Ovalle e Jane Crivella a nossa atual presidente. A ONG tem sede em Copacabana numa sala de propriedade pela conselheira Regina Gonçalves. No local são ministrados cursos diversos para as gestantes. Também há bazares com a finalidade de levantar recursos. E hoje entre diversas colaboradoras se destacam Tatiane Giuliani, Georgiana Guinle , Sandra de Andrade, da Revifé e as conselheiras Regina Gonçalves e Leda Castro Neves. Quem conhece Sylvia mais de perto percebe nela a vocação para trabalhar pelos excluídos, os esquecidos e os marginalizados. A presidente da Ong é Sylvia Crivella.
Presidente
Sylvia Jane Hodge Crivella é carioca do Leblon. Formou-se em Letras na PUC do Rio de Janeiro. Em 1980 casou-se com seu primeiro e único namorado, o hoje senador Marcelo Crivella (PRB). Juntos foram para a África com três filhos pequenos. Lá viveram por quase dez anos, onde, em missão evangélica. No final de 1999 a família voltou para o Brasil, onde Sylvia ajudou o marido na criação e implantação do Projeto Nordeste, inspirado na experiência dos kibutzim israelenses. O primeiro núcleo é a Fazenda Canaã, que trouxe progresso, transformou um pedaço do sertão seco de Irecê, no interior da Bahia, em um oásis produtivo, capaz de proporcionar empregos e condições de vida digna para centenas de brasileiros.
Objetivo
A Ong Mulher Que Faz foi criada para socorrer mães meninas no pré natal e após o nascimento dos bebês. "A gravidez de uma menina pobre é uma situação ainda mais delicada, pois além de não ter estrutura emocional para entender as implicações da maternidade (um filho é para a vida toda), ela não dispõe dos recursos necessários para fazer uma boa alimentação e nem tampouco para providenciar o enxoval do bebezinho. É fácil acusar estas meninas de serem sem vergonhas e dizer que o problema é delas. No entanto, elas são frutos de gerações com a mesma história, de pessoas mal nutridas na alma e no corpo", afirma a presidente da Ong. Sylvia Crivella ressalta a importância em amparar estas jovens. "Enquanto políticas públicas não investem em campanhas de esclarecimento direcionadas aos jovens, cada um de nós pode fazer um pouco, pois o pouco de cada um faz uma enorme diferença. "Foi pensando nisto que algumas amigas e eu nos reunimos para estudar uma maneira de amenizar a vida de algumas destas jovens. Começamos com um pequeno grupo de 15 grávidas do Morro da Providência no Rio de Janeiro. A idade média era de 17 anos, sendo que algumas já estavam na segunda gravidez. O que mais me impressionou nelas foi o olhar triste e a falta de ânimo, confirmando o fato de que a gravidez fora de tempo não é motivo de alegria. Uma delas, já no oitavo mês, tinha uma marca de ferro de passar na barriga. Não bastassem as dificuldades do seu estado, ainda sofria por violência doméstica. Estas meninas tem um sério problema com sua auto-estima", ressalta.
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