Os transtornos ocasionados pelas muretas que dividem as pistas da BR-040, na altura dos bairros Salvaterra e Santa Cruz, foram discutidos durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira, 21 de junho, na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). As barreiras aumentaram em dez quilômetros o trecho a ser percorrido por quem segue no sentido Rio de Janeiro - Belo Horizonte, no caso de retorno. Já para quem segue no sentido Belo Horizonte - Rio de Janeiro o aumento foi de sete quilômetros. Entre os principais pontos abordados está a segurança dos moradores da região. "Já tive oportunidade de presenciar pessoas pulando as divisórias, inclusive com bicicletas nas costas", conta o advogado e morador de um condomínio localizado às margens da rodovia, Carlos Alberto Gasparette. A atitude é tomada devido à distância que deve ser percorrida até o retorno, ocasionada a partir da implantação das muretas.
Segundo Gasparette, a divisão das pistas traz transtornos também para as crianças que estudam na Zona Rural e precisam atravessar a rodovia todos os dias. "Tudo mudou depois da colocação destas barreiras. Estamos nos sentindo lesados no que diz respeito ao direito de ir e vir." Ele lembra ainda que imóveis estão sendo colocados à venda devido à sensação de isolamento e às dificuldades encontradas pelos moradores.
O gerente de engenharia da Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora - Rio de Janeiro (Concer), Alcimar Ferreira Pena, afirma existir um estudo em análise na Agência Nacional de Tranportes Terrestres (ANTT) que prevê a implantação de 11 passarelas no trecho entre Matias Barbosa e o bairro Barreira do Triunfo. "Além disso, está prevista a construção de uma passagem inferior, uma espécie de túnel, na altura do quilômetro 782,5, em frente à entrada do Santa Cruz."
Pena explica que a instalação de muretas, ocorrida no ano de 2004, permite que os usuários tenham mais segurança. "No ano de 2003, quando não havia a barreira, foram registradas dez colisões frontais no trecho entre o Salvaterra e o bairro Santa Cruz. Já no ano passado, tivemos apenas uma colisão frontal. Isto demonstra que a mureta é, sim, um importante dispositivo de segurança."
por Aline Furtado, do Acessa.com
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