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A Orquestra Barroca do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga é o mais importantes dos corpos estáveis do Centro Cultural Pró-Música |
A incorporação recente do Centro Cultural Pró-Música pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promete legar um acervo inestimável ao curso de música daquela instituição de ensino superior da Zona da Mata. Em apenas três anos de atividades, o curso subordinado ao Instituto de Artes e Design da universidade vai ganhar, de imediato, cinco orquestras, um coral e grupos de música antiga, além de um teatro de 500 lugares e todo o acervo de instrumentos do centro, que inclui 200 violinos, 20 violoncelos, dois pianos de cauda e dois cravos. E mais: já em sua 22ª edição, de 17 a 30 de julho, o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora terá patrocínio da universidade que, a partir do ano que vem, será coprodutora do evento, ao lado do Centro Cultural Pró-Música, preservando uma tradição de 40 anos.
“É um futuro promissor”, comemora Ricardo Cristófaro, diretor do Instituto de Artes e Design, admitindo que em breve, além do atual bacharelado – com habilitações em piano, violino, violoncelo, canto, violão e flauta –, a UFJF deverá oferecer, também, licenciatura em música, para atender a crescente demanda da área, diante da obrigatoriedade da música no ensino básico brasileiro a partir do mês de agosto (Lei 11.769). Por se tratar de um instituto filantrópico, sem fins lucrativos, o Pró-Música, como ressalta o vice-presidente Júlio César de Souza Santos, também vai manter os cursos livres de música que ministra na cidade, formando profissionais para grupos como a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (OFMG), a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPS) e mesmo a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).
Benefícios
Além do festival de música colonial e antiga, o Pró-Música também realiza anualmente na cidade da Zona da Mata um festival de jazz e dois concursos bienais, nacionais, que se alternam: o de cordas (Paulo Bosísio) e o de piano (Arnaldo Estrella). Ainda constam da agenda da instituição três séries mensais e uma exposição de artes plásticas. “É um calendário fixo, construído ao longo da nossa existência”, repara Júlio César, contabilizando cerca de 900 alunos, atualmente, na escola livre de música mantida pela instituição. “O importante agora é dar uma oxigenada para que, posteriormente, todos possam ingressar em cursos formais”, acrescenta.
Para o reitor da UFJF, Henrique Duque de Miranda Chaves Filho, além dos acervos material e imaterial que o instituto leva para a UFJF, ele também vai contribuir com recursos financeiros razoáveis – o orçamento do Pró-Música, há seis meses, era de R$ 1 milhão. “Mas o principal benefício da incorporação é integrar um patrimônio cultural conquistado ao longo dos anos, graças ao trabalho de equipe realizado por eles”, avalia. Segundo o reitor, agregado à universidade, o instituto terá condições de melhorar e ampliar sua performance.
por Ailton Magioli, do EM Cultura
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