quarta-feira, 11 de abril de 2012

UFLA ATENDE MPF E PROÍBE COBRANÇA DE TAXA INGRESSO NAS MORADIAS ESTUDANTIS

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) acatou Recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e proibiu a cobrança de qualquer valor, por parte de alunos veteranos, a alunos novatos que procurem vaga nas moradias estudantis. A proibição estende-se a todas as solicitações ou sugestões, ainda que a título de colaboração gratuita. A cobrança de taxas para ingresso nas moradias estudantis, disponibilizadas gratuitamente pela Ufla a alunos carentes, chegou ao conhecimento do MPF por meio de reclamação de um ex-aluno do curso de Filosofia.

No curso das investigações, apurou-se que a prática, adotada na grande maioria dos apartamentos do alojamento, era rotina na universidade há vários anos, sob a complacência de sua Coordenadoria de Moradia e Alimentação. Os alunos veteranos cobravam dos estudantes que já tinham sido autorizados pela UFLA a ocupar vaga nas residências estudantis uma taxa de ingresso – sob o nome de “joia” - cujos valores variavam entre 150 e 300 reais. Alegavam que a “joia” destinava-se a cobrir o uso dos bens existentes no imóvel que tinham sido adquiridos pelos estudantes, como fogão e geladeira, e que, se não fosse paga, o calouro teria de se restringir ao uso dos bens postos pela universidade, como cama e chuveiro.

Em alguns alojamentos, o pagamento da taxa funcionava como condição de admissão. Ou seja, se não fosse paga, o aluno novato não era aceito como morador. Noutros, quem se dispusesse a fazer esse pagamento teria prioridade frente a outros calouros. Para o procurador da República Antônio Arthur Mendes, “as moradias estudantis oferecidas pela UFLA são públicas. E por estarem abrigadas em imóveis da União, é inadmissível qualquer cobrança relativa a seu uso, ainda mais quando essa cobrança é feita pelos próprios estudantes, como se estivessem na posse de um bem particular”.
com assessoria

EX-ALUNO DA UFLA É O NOVO GERENTE GERAL DA EMBRAPA CAFÉ

Foco em PD&I e governança, arranjos institucionais, sintonia com clientes, gestão participativa e descentralizada, aprimoramento de processos e visão de futuro são algumas palavras que resumem a nova gestão da Embrapa Café, iniciada oficialmente ontem, dia 9 de abril de 2012, pelo gerente geral Gabriel Bartholo. A Unidade tem como função principal a gestão do Programa Pesquisa Café do Consórcio Pesquisa Café em consonância com deliberações do Conselho Diretor do Consórcio e do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDP), além de pesquisa em café.


Para Bartholo, o momento atual exige um novo modelo de gestão, denominado de Governança Corporativa. "É um sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre Conselho, equipe executiva e demais órgãos de controle. Principais características da boa governança são participação, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade, efetividade e eficiência e prestação de contas. Essas serão minhas diretrizes", diz.

Bartholo é engenheiro agrônomo graduado pela Universidade Federal de Lavras (1972), possui mestrado em Fitotecnia com concentração em Melhoramento Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (1978) e doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (2000). É pesquisador na cultura do café, com estudos concentrados na área de melhoramento genético do cafeeiro/fitotecnia.

Trabalhou 31 anos na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), tendo ocupado praticamente todos os cargos de gestão da Empresa, inclusive o de presidente entre 1993 e 1995. Foi gerente geral da Embrapa Café de 2004 a 2008. Atualmente estava atuando como consultor técnico científico em projetos na Embrapa Cerrados. Sua produção técnico-científica, bem como a lista de prêmios e distinções recebidas é extensa.
com Flávia Bessa - assessoria Embrapa Café

Um comentário:

Anônimo disse...

Morei alguns anos no alojamento da UFLA. Como todos os demais, paguei a minha "jóia" aos veteranos pois o apartamento havia sido mobiliado pelos moradores anteriores (na época, a UFLA fornecia o apartamento inteiramente vazio).

Isso é perfeitamente justo, compreensível e natural.

Em mais de 20 anos que frequento a comunidade UFLA, nunca soube de alguém que fosse obrigado a pagar ou tivesse sua moradia recusada.

É lamentável a decisão do Ministério Público. Quero ver como vai ficar quando vierem as vacas magras e os moradores do brejão forem obrigados a organizarem-se para manterem seus apartamentos.