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PT DEIXA CANDIDATOS COM O COFRE VAZIO EM CIDADES DO INTERIOR

Os principais candidatos do PT no interior de Minas estão sendo abandonados financeiramente pelo partido. Enquanto a legenda injeta grandes quantias nas acirradas disputas de Belo Horizonte e Betim, na Região Metropolitana, os concorrentes em Uberlândia, Juiz de Fora, Governador Valares e Varginha não receberam nenhum centavo.

A campanha de Patrus Ananias, candidato da capital, foi agraciada com R$ 1,6 milhão do partido, sendo R$ 2,1 milhões do total de receitas divulgado por ele até agora. O arrecadado, no entanto, ainda está longe do limite de gasto estipulado por Patrus, que é de R$ 25 milhões.

Candidata à reeleição em Betim, Maria do Carmo Lara ganhou R$ 760 mil, mais da metade do seu total de receitas, que é de R$ 1,2 milhão. A petista estimou gastar R$ 5 milhões. Outro candidato petista na Região Metropolitana, Durval Ângelo, de Contagem, ganhou do partido a inexpressiva doação de R$ 1.650, sendo que sua campanha já arrecadou R$ 1,7 milhão. Ele prevê gastos de R$ 9 milhões.

Zerados
Mesmo sendo consideradas prioritárias pelo partido, as candidaturas de Margarida Salomão, em Juiz de Fora, e do deputado federal, Gilmar Machado, em Uberlândia, arrecadaram bem abaixo que o estipulado. O PT nunca ganhou a eleição nestas cidades. Os dois não receberam nenhuma doação do partido. Para se ter uma noção da penúria financeira, Margarida arrecadou, até agora, só R$ 244.750 dos R$ 10 milhões que pretende gastar para se eleger.

A campanha de Gilmar, por sua vez, captou R$ 1,1 milhão. Ele estima gastar R$ 12 milhões. Candidato em Varginha, no Sul de Minas, Dr. Eduardo Corujinha, é outro que foi esquecido pelo caixa petista. Com a previsão de gastar R$ 1,3 milhão, sua campanha arrecadou apenas R$ 137.160. Nenhuma doação em nome do partido foi registrada.

Em busca de outro mandato em Governador Valadares, região Leste, a ex-deputada Elisa Costa estimou um gasto de R$ 7 milhões. Até agora, no entanto, a petista conseguiu registrar um crédito de R$ 225.426,90, mesmo assim, sem ajuda do seu partido que não aplicou nenhum real.

Abismo
Sem a mão do PT, os candidatos desses municípios estão longe de conseguir arrecadar o que pretendiam no início da campanha. Juntos, eles declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um limite de gastos de pouco mais de R$ 69 milhões. Entraram nos cofres das campanhas, no entanto, apenas cerca de 10% do total. As receitas acumuladas, até agora, somam R$ 6.882.042,60.
 por Ezequiel Fagundes - do Hoje Em Dia

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