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MAIS UM PASSO NA DIREÇÃO CERTA

A francesa Danone, uma das maiores empresas globais de laticínios, tem 186 fábricas espalhadas por 120 países. É aqui no Brasil, porém, em Poços de Caldas, no Sul de Minas Minas, que está localizada a unidade fabril menos emissora de gases de efeito estufa da companhia no mundo. A fábrica, que responde por 90% da produção da Danone no país, não era muito diferente de seus pares até três anos atrás, quando a direção da operação brasileira decidiu que ela seria submetida a uma espécie de conversão verde. 
 
A primeira mudança começou em 2010, quando a empresa decidiu investigar a origem da energia que a fábrica comprava e descobriu que ela não era 100% limpa: parte vinha de termelétricas. Veio então a decisão de adquirir energia apenas de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O governo até incentiva as empresas a migrar para fontes renováveis, mas isso não significa que o processo ocorra de maneira simples. A Danone demorou oito meses para conseguir concluir a troca. Resolvida essa questão, a empresa passou a se dedicar a um projeto mais ambicioso: livrar-se da caldeira movida a óleo diesel. 
 
“Cogitamos a conversão para o gás natural o que já representaria um ganho ambiental, mas decidimos encarar um desafio maior: uma caldeira a biomassa", afirma Adriana Matarazzo, diretora de pesquisa e desenvolvimento e de sustentabilidade da Danone. Nenhuma outra fábrica da empresa no mundo possuía algo parecido, e a operação brasileira precisou de um ano para superar a dificuldades técnicas do projeto. Além disso, investiu 7,7 milhões de reais. Como resultado dessas duas iniciativas, quase 97% da energia usada hoje na fábrica é limpa. 
 
As ações da empresa para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa não pararam por aí. Em outubro, a Danone passou a usar o PET nas garrafas de iogurte de mais de 900 miligramas, no lugar do HVPE, um plástico convencional. Com a troca, a Danone não só conseguiu reduzir o peso das garrafas como também a probabilidade de que elas acabem sendo descartadas em lixões. “Recicla-se menos do que 20% do HVPE no Brasil”, afirma Adriana. “A cadeia de reciclagem do PET é muito mais desenvolvida e o índice é de quase 60%”.

A Danone é um exemplo que conseguiu inserir o tema do combate às mudanças climáticas no cerne do negócio. Ela não está sozinha. Segundo a pesquisa feita para o GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE 2012 com quase 150 companhias que operam no país, 70% afirmaram contemplar em seu planejamento estratégico investimentos para reduzir emissões de gases de efeito estufa e o desenvolvimento de oportunidades relacionadas às mudanças climáticas e à economia verde. Há dois anos, esse percentual era de 65%.
Guia EXAME de Sustentabilidade - SP

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