Pular para o conteúdo principal

POUCO MAIS DE UM ANO DEPOIS DE CRIADO, PSD CORRE O RISCO DE RACHAR EM MINAS

"Já tenho motivos suficientes para deixar o PSD" - Alexandre Silveira, secretário de Estado de Gestão Metropolitana
As feridas das eleições municipais ainda nem foram cicatrizadas e mais uma crise no PSD, partido criado há pouco mais de um ano, já está anunciada. Ao manifestar apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente nacional e fundador do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, abriu uma nova batalha com a bancada de Minas e o deputado federal licenciado Alexandre Silveira (PSD), integrante do Diretório Estadual da legenda. Eles mandaram o recado que, independentemente do posicionamento nacional do partido, estarão ao lado do pré-candidato ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial do ano que vem. Nos bastidores, a informação é de que os parlamentares já estariam articulando a saída do partido. 
 
Em Minas, o PSD ocupa no governo tucano duas secretarias, a de Desenvolvimento Social, com o deputado estadual afastado Cássio Antônio Ferreira Soares, e a de Gestão Metropolitana, com Alexandre Silveira, que disse já ter “motivos suficientes” para deixar o PSD, referindo-se ao posicionamento da Executiva Nacional nas eleições municipais de Belo Horizonte. “Mas prefiro acreditar que vamos chegar a um acordo lúcido”, ponderou. Depois do rompimento da aliança entre PT e PSB na capital mineira, o PSD rachou. Enquanto a executiva estadual, comandada pelo empresário Paulo Safady Simão, seguiu a orientação de Kassab para aliar a Patrus Ananias (PT), parlamentares mineiros, liderados por Silveira e pelo deputado estadual Gustavo Valadares, registraram o partido na chapa do prefeito Marcio Lacerda (PSB).

O argumento da executiva nacional para apoiar o então candidato petista era de que o cenário político havia mudado desde a convenção do partido, anterior ao rompimento entre PT e PSB. Já os dissidentes justificaram que os filiados haviam decidido pelo apoio à reeleição do socialista. Em jogo estavam dois minutos a que o PSD tinha direito no horário eleitoral na televisão. O caso foi parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o pedido da executiva nacional de participar da chapa encabeçada pelo PT na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.

MOEDA DE TROCA O apoio do PSD nacional pela candidatura de Patrus se deu após uma negociação entre Kassab e Dilma Rousseff. A presidente, temendo o fortalecimento dos tucanos, principais aliados de Lacerda na capital, teria oferecido ao prefeito em troca um ministério em seu governo. O dirigente estadual do PSD, Paulo Safady, informa que a decisão do partido em nível nacional é de caminhar com a presidente Dilma e, inclusive, participar de seu governo. O partido deve ficar com o recém-criado Ministério de Micro e Pequena Empresa e a Secretaria de Aviação Civil. Safady, inclusive, é um dos cotados para assumir a primeira pasta.

Em relação ao posicionamento dos parlamentares mineiros, ele disse não ver nenhum impedimento para que os deputados de Minas apoiem o senador Aécio Neves, caso ele dispute a Presidência. “As decisões nacionais não necessariamente têm que ter correlação no estado”, observou.

Enquanto o cenário da disputa presidencial não se define, a legenda corre o risco de perder representantes. Segundo Alexandre Silveira, a insatisfação pelo posicionamento do presidente nacional do PSD não é só dos políticos mineiros. Ele afirmou que, quando o partido foi criado, a proposta de Kassab era de que o PSD seria independente até passarem as eleições presidenciais. O secretário ressaltou ainda que o ex-prefeito paulista prometeu não intervir nas instâncias inferiores do partido. Gustavo Valadares fez coro com o colega: “O Kassab está indo contra tudo o que ele pregou no início do partido.” “Todos nós vamos trabalhar para a eleição do senador Aécio Neves”, acrescentou o deputado estadual Fábio Cherem. 
por Alice Maciel - do Estado de Minas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VIGILÂNCIA SANITÁRIA INTENSIFICA FISCALIZAÇÕES PARA PREVENIR O COMÉRCIO DE BEBIDAS IRREGULARES

A Vigilância Sanitária de Varginha está realizando uma ação intensiva de fiscalização em distribuidoras e mercados da cidade para prevenir a comercialização de bebidas adulteradas e irregulares. Até o momento, foram apreendidas bebidas com prazo de validade vencido e sem procedência, mas nenhum caso de bebida falsificada ou adulterada foi identificado no município. Cinco equipes da VISA estão vistoriando 40 estabelecimentos, com foco em bebidas destiladas como cachaças, vodcas, whiskies e gins. A ação faz parte do trabalho preventivo da Secretaria Municipal de Saúde para proteger o consumidor e garantir produtos seguros. Dica importante: Antes de comprar, verifique o lacre e o rótulo, desconfie de preços muito baixos e, em caso de dúvida, entre em contato com o fabricante pelo SAC informado na embalagem. 📞 Denuncie bebidas suspeitas! Vigilância Sanitária de Varginha Telefone: (35) 3690-2204 Site: visavarginha.com.br/index.php/denuncias/

BOLSONARO CONDENADO

Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria, condenar os oito réus do Núcleo 1 da ação penal 2668, a trama golpista. A AP 2668 tem como réus os oito integrantes do Núcleo 1 da tentativa de golpe, ou “Núcleo Crucial”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu-colaborador); o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. A acusação envolveu os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de E...

DECOLONIZAR A FILOSOFIA

Sinopse: "Política de Descontinuidade: Ética e Subversão" é uma obra provocativa que mergulha nas complexidades éticas e políticas da sociedade contemporânea. Escrito com clareza e profundidade, o livro lança luz sobre as dinâmicas de poder que moldam nossas interações diárias, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento e à marginalização dos corpos designados como dissidentes. Com o Prefácio de Adilson Moreira, a obra Políticas de descontinuidade: ética e subversão tem como propósito compreender a dinâmica das estruturas discriminatórias e seu apreço péla retroalimentação do poder. Deste modo, propor, por meio de uma ética da diferença, da solidariedade e antidiscriminatória, a corrosão desses sistemas de precarização e aniquilamento. O autor, Thiago Teixeira, explora como conceitos como racismo e ciseterobrutalidade reforçam uma hierarquia injusta entre os indivíduos, perpetuando fronteiras entre vida e morte e reforçando normas sociais que marginalizam e oprimem. ...