terça-feira, 9 de abril de 2013

DEPUTADO DESTACA AUMENTO DO DESEMPREGO E INFLAÇÃO COM PROIBIÇÃO DE EXTRAÇÃO DE AREIA


Assembleia de Minas aprova audiência para discutir proibição da extração de areia e a produção de tijolo artesanal em trechos do Rio Grande
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, no último dia 2, realização de audiência pública para debater a extração de areia e a produção de tijolo artesanal nas margens do rio Grande e de seus afluentes. O requerimento aprovado foi apresentado pelo deputado Lafayette Andrada, líder do PSDB na Assembleia.

A audiência, que será realizada no município de Piedade do Rio Grande, tem como objetivo discutir alterações na Lei nº 15.082, de 2004, que proíbe a extração de cascalho e areia no Rio Grande e seus afluentes, no trecho de aproximadamente 120 km, entre a nascente e o ponto de montante do remanso do lago da barragem de Camargos.

De acordo com autor do requerimento, os reflexos da proibição da atividade são sérios impactos econômicos e sociais a região, como o desemprego e o aumento dos preços para a compra do produto. “O que se pretende é que obedecidas as orientações dos órgãos ambientais e com necessárias autorizações desses órgãos, possibilite-se a tão importante extração de areia e cascalho”, destacou Lafayette.

A extração de areia e a produção de tijolo artesanal são de fundamental importância econômica para a região, sobretudo para a construção civil e ampliação de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento dos municípios. A suspensão da realização da atividade tem trazido prejuízos para as famílias que dependem da renda e para os segmentos comerciais que abrangem a construção civil.

Desemprego e inflação
Além do aumento das taxas de desemprego na região, os consumidores também tiveram que se adaptar a nova tabela de preços do metro cúbico da areia, principalmente aqueles que necessitam concluir uma obra. “O metro cúbico da areia era comercializado a R$ 30. Após a proibição da extração às margens do Rio Grande, o custo para a compra do produto chega a R$ 110”, destacou o deputado Lafayette.

De acordo com o prefeito de Piedade do Rio Grande, Mauro Fernandes do Vale, outro fator que justifica a extração de areia é o assoreamento. “A região é muito montanhosa e, com o andar do gado, as enxurradas levam grande quantidade de areia e lama para o leito do rio. Se não há extração, propicia o assoreamento do rio. Qualquer chuvinha, pode causar enchente”, afirmou.

Na região, cerca de 10 municípios foram atingidos. Os municípios de Piedade do Rio Grande, Liberdade, Santa Rita de Ibitipoca, Santana do Garambéu, Ibertioga, Bom Jardim de Minas, Arantina e Madre de Deus de Minas são os que mais sofrem com a proibição da atividade econômica nos rios.

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