Um
galpão de 600 metros quadrados será o local de trabalho de cerca de 80
detentos do Presídio de Itajubá, no sul de Minas, a partir desta
quinta-feira (05.09). O espaço, inaugurado nesta tarde dentro da
unidade prisional, será destinado à produção de estruturas metálicas
para as construções civil e pesada. O Parque dos Atletas, sede das
Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, e o Centro Administrativo do
Distrito Federal, em Brasília, serão alguns dos projetos erguidos com as
armações confeccionadas pelos internos.
Segundo o superintendente de Atendimento ao Preso, Helil Bruzadelli, a
construção do galpão de trabalho cria oportunidades concretas de
empregabilidade para os detentos, dando a eles grandes chances de
inserção no mercado de trabalho ao terminarem de cumprir a pena. “Essa
inauguração é a realização efetiva de um sonho e, sem dúvida, é um
exemplo da política de ressocialização empregada pelo Estado”,
ressalta.
O diretor geral do presídio, Rodney Pinto, explica que todos os detentos que trabalharem no
galpão receberão o equivalente a ¾ do salário mínimo, valor que será
pago pela empresa parceira da unidade, a Truss Armações Metálicas, de
Itajubá. Os presos ainda têm direito à remição de pena. A cada três dias
trabalhados, um é retirado da sentença a ser cumprida, de acordo com a
Lei de Execução Penal.
A mão-de-obra de 15 detentos foi utilizada para erguer o galpão. O
espaço começou a ser construído em abril deste ano. “Com a previsão de
uma média de produção de seis toneladas de armações por dia, o espaço já
pode ser considerado uma importante frente de trabalho para toda a
região”, destaca o diretor Rodney.
Incentivo
O presídio desenvolve diversas ações de ressocialização. Atualmente, 80
presos estudam e quase 200 trabalham na unidade. A mão-de-obra de alguns
internos é disponibilizada para o asilo Lar da Providência, que
funciona no município, e para reformas e construções de casas de
famílias carentes da região. O estabelecimento prisional ainda mantém
parcerias com as prefeituras de Itajubá e Piranguinho, por meio das
quais os detentos fabricam artefatos de cimento e auxiliam na realização
de obras públicas.
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