O candidato a governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), se reuniu na manhã da última sexta-feira com 12 prefeitos, cinco vice-prefeitos e seis secretários municipais de cidades localizadas na região do Campo das Vertentes. Na pauta da reunião, um balanço da pré-campanha, um diagnóstico do momento político e as estratégias a serem adotadas a partir deste momento. Antes do encontro, o candidato conversou com a imprensa.
“Tem uma questão grave relacionada aos municípios que está surgindo de forma recorrente em todas as reuniões que a gente faz, que é a segurança. Os prefeitos se queixam, e com razão, de que eles estão sendo obrigados a colocar recursos para custeio da polícia militar e da polícia civil. Gasolina de viaturas, manutenção, revisões, às vezes pagamento do aluguel dos prédios onde funcionam os destacamentos e até alimentação dos policiais”, criticou Pimentel.
O ex-prefeito acrescentou que ainda mais grave é a falta de integração entre as polícias civil e militar. “Você pega, por exemplo, o caso de Santana da Vargem. Não tem delegacia de polícia, então quando a polícia militar efetua uma prisão, ela tem que se deslocar para outro município, onde tenha uma delegacia da polícia civil, para aí sim abrir o procedimento correto. E às vezes leva a vítima, o culpado, a testemunha e se desloca até 200 quilômetros, enquanto a cidade fica totalmente desguarnecida”, afirmou.
Na entrevista coletiva, Fernando Pimentel também respondeu perguntas relacionadas à dificuldade de atendimento médico no interior do Estado e o reflexo disso na capital mineira. “Não existe nada mais anacrônico do que enviar pacientes do interior para tratamento em Belo Horizonte. É preciso descentralizar e construir os hospitais regionais. Os hospitais precisam ser melhor equipados, e aí entra, de novo, o empenho do governo estadual. Acreditamos na descentralização desse modelo e vamos fazer isso para acabar de vez com esse enorme gargalo na saúde”, prometeu Pimentel.
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