A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), órgão do Ministério da Justiça (MJ) divulgou em dezembro de 2010 uma pesquisa – 1º Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras – que confirma que “os estudantes universitários apresentam consumo de drogas mais intenso e frequente do que outras parcelas da população”.
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O consumo de drogas por universitários e a violência gerada em consequência é uma das preocupações de muitas universidades federais. A direção da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) tem se mostrado bastante atenta em função dos recentes relatos de roubos e furtos nas proximidades da sede da instituição. Além disso é constante a preocupação com a segurança pública da comunidade universitária, bem como com a criminalidade em Alfenas, cidade do Sul de Minas.
Na última sexta-feira, 7, a universidade promoveu o 2º Fórum de discussão sobre Drogas. O evento, organizado pelo Centro Regional de Referência sobre Drogas (CREFAL) da UNIFAL-MG, marcou o início das atividades do curso de “Aperfeiçoamento sobre crack e outras drogas para agentes do Sistema Judiciário, do Ministério e Segurança Pública, e Profissionais da Educação”.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reunião, junto às prefeituras, dados para implantar o Observatório do Crack (www.cnm.org.br/crack). No Observatório do Crack estão disponíveis dados da pesquisa Mapeamento do Crack nos Municípios Brasileiros, realizada em novembro de 2010, quando 98% das 3.950 prefeituras que forneceram dados registraram problemas com drogas em seus municípios.
O crack está cada vez mais presente nas pequenas cidades e zonas rurais. O site do Observatório mostra um retrato de como a droga está afetando os municípios brasileiros e é possível descobrir as principais regiões atingidas. No Observatório do Crack, a cidade de Lavras, no Sul de Minas, está em uma região marcada de vermelho, ou seja, na classificação da pesquisa, com alto nível de problemas relacionados a circulação de crack.
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Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Direção Executiva firmou em maio deste ano, um Acordo de Mútua Cooperação com a Associação Brasileira Comunitária para Prevenção do Abuso de Drogas (Abraço). O acordo tem por objetivo a instituição de um programa de prevenção contra a dependência química no âmbito da universidade e a disponibilização de vagas para tratamentos de dependentes químicos na Abraço. O intuito é atender ao público interno da UFLA, tanto estudantes quanto os servidores.
Além disso, pelo Acordo de Mútua Cooperação, a Abraço deve prestar consultoria e orientação na implantação de um programa de prevenção contra a dependência química ao público interno da Universidade Federal de Lavras. O convênio foi assinado no dia 9 de maio deste ano e tem vigência até o dia 8 de maio de 2019.
No final de agosto do ano passado, uma semana após o crime bárbaro que tirou a vida da estudante de 18 anos Déborah Oliveira, aconteceu uma passeata, ordeira e pacífica, em protesto contra a violência. Itajubenses se uniram aos alunos da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). O grupo saiu da porta da universidade, escoltados pela Guarda Municipal, em direção ao centro da cidade. Em silêncio os participantes carregaram velas acesas e uma grande faixa preta representou o luto que toda a cidade compartilha.
O presidente do Diretório Acadêmico da Unifei, à época, João Paulo Ferreira falou sobre o clima de insegurança que prevalece entre os estudantes. “Dentro do Campus hoje, em alguns momentos, a gente se sente inseguro”. Logo após o fato ocorrido, a Universidade Federal de Itajubá anunciou medidas para aumentar a segurança, como a instalação de câmeras dentro e fora do campus.
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