Daniel Lana durante treinamento na Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica em Barbacena |
Aluno da Aeronáutica no ensino médio, o candidato Daniel Ferreira Lana e Silva, 20 anos, de Barbacena, na Zona da Mata Mineira, resolveu não seguir a carreira militar e buscar uma vaga em Medicina. Após duas tentativas consecutivas, obteve a mais alta nota no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para ingresso nos dois campi da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre 44.473 inscritos.
“Seguir como militar não era a minha vontade. Com apoio da psicóloga do colégio, fiz teste vocacional e comecei a despertar o interesse pela área da medicina”, disse Daniel, que conseguiu 814,02 pontos no Enem 2014 – mais de 90 pontos do que na edição 2013, quando não foi classificado também em Medicina na UFJF.
O estudante conta que ficou surpreso com a pontuação, mas não com a aprovação. “Fiz o possível para conseguir a melhor nota, então estava com a expectativa da aprovação, mas não esperava que a nota fosse tão boa. Foi um momento de muita felicidade”, disse o novo estudante de Medicina, que exigiu dos candidatos nota igual ou superior a 798,62 pontos.
Quando tentou pela primeira vez entrar na UFJF, Silva não tinha ido bem em Redação. “Fui buscar um cursinho, e além dele, estudava diariamente em casa. Eu focava na minha maior dificuldade que era a Redação, e produzia duas semanalmente, seja com temas atuais ou de antigas edições da prova.” A estratégia deu certo, faltaram apenas 40 pontos para obter a nota máxima nessa etapa do exame, fez 960 de 1.000.
Sem cursinho
Outra candidata que obteve primeiro lugar, Laura Meireles Quinet de Andrade, conta que não fez cursinho para obter 793,3 pontos em Direito. Atribui à rigidez do ensino médio como responsável pela boa nota. “Sempre estudei em um colégio que cobrava muito dos alunos, e isso fez com que me esforçasse ainda mais para poder realizar uma boa prova”.
Nota mil na Redação
O estudante Luiz Arthur Novais Haddad foi um dos 250 participantes do Enem 2014 que conseguiram tirar a nota máxima (1.000) na Redação. “Fazia cursinho fora do colégio uma vez por semana, e fazia redações no colégio duas vezes por semana. Isso me ajudou bastante”, conta Haddad sobre sua preparação para a prova.
Apesar da facilidade na escrita, optou por outra área: foi aprovado no Sisu para o curso de Engenharia Elétrica, com habilitação em Energia. Ele explica a escolha: “Meu pai é dessa área e tem bastante tempo que já me identifiquei com o curso, tenho alguns amigos que fazem, e eles sempre falavam que apesar de ser difícil, era um curso muito bom”. Aprovado com 726 pontos no Enem, já faz planos para quando começar a faculdade. “Eu pretendo estudar bastante, conseguir ser aprovado em tudo, quem sabe até conseguir uma bolsa.”
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