terça-feira, 10 de março de 2015

REITORES DEBATEM SEGURANÇA NAS UNIVERSIDADES

Procurador federal Flávio Pereira Gomes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco
Na última quinta-feira, 5, foi realizado o seminário “Segurança nas Universidades” que contou com a apresentação do superintendente de Gestão da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor André Vital Saúde, e do superintendente de Segurança Institucional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Armando Nascimento. 

O evento integrou a 139ª reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizado nos dias 5, 6 e 7, no Campus Poços de Caldas da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).

Os reitores tiveram a oportunidade de conhecer como funciona a segurança nas duas instituições. Nesse dia também, o procurador federal Flávio Pereira Gomes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), explanou sobre o “Policiamento ostensivo nos campi e adjacências das IFES”.

“Os órgãos de segurança pública devem trabalhar de forma coordenada, não há uma exclusividade, quer seja da Polícia Civil, quer seja da Polícia Militar ou da Polícia Federal, na manutenção da ordem, no combate ao crime”, orientou o procurador.

Segundo Flávio, acreditar que a Polícia Militar ou Civil não pode entrar na universidade por esta ser um bem da União é um mito. “As polícias não só podem como devem ser acionadas na ocorrência de delitos nas dependências da universidade, sejam crimes contra o patrimônio, como furtos e roubos de veículos estacionados; sejam contra a pessoa, como sequestro relâmpago, tentativa de estupro, ou mesmo, lesões”, garantiu.

O procurador defendeu também parcerias entre universidade e instituições de segurança pública com o objetivo de estabelecer protocolos de atendimento às ocorrências. 

“Há de ser considerado um elemento cultural que é certa rejeição que a comunidade acadêmica tem à presença do poder repressor do Estado, em função de contextos históricos, como a ditadura militar, a concepção de que a polícia não protege, que a polícia vai contra o cidadão e não a favor. Isso precisa ser trabalhado no campo educacional com a comunidade acadêmica, no campo da governança, que seria esse relacionamento institucional, e eventualmente, também no campo jurídico, para dirimir alguma dúvida que haja quanto às atribuições e às competências de cada uma das instituições”, explicou.

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