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LEONARDO CARNEIRO LANÇA LIVRO ABORDANDO DIVERSIDADE RELIGIOSA


O professor do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Leonardo Carneiro, lançou na última sexta-feira, 10, no Rio de Janeiro, o livro “Modupé, Meu Amigo”, pela Editora Pallas. A obra, voltada para o público infantojuvenil, aborda temáticas relacionadas à cultura africana. O foi realizado na Livraria da Travessa, em Botafogo.

Carneiro fala sobre diversidade religiosa e culto aos orixás no Brasil. Com o livro, ele ressalta a importância de tolerar e respeitar os diferentes tipos de religião. De maneira curta, mas também muito importante, “Modupé, Meu Amigo” desmistifica o preconceito que existe em relação às religiões africanas. 

Para isso, o professor fala do primeiro contato de uma personagem com essa cultura. “O desenrolar da história vai mostrando esse mundo de descobertas desse universo desconhecido, num ambiente de  aprendizagem, de curiosidade e de beleza também”, define o autor.

A história parte de uma intensa amizade que surge entre dois colegas de escola, Anderson e Fabinho. Com o tempo e o estreitamento dos laços entre eles, os jovens planejam uma viagem, que muda a vida de Anderson. Ao presenciar, nesse final de semana, uma Festa de Iemanjá na praia, encantado, ele se enche de curiosidade sobre aquilo que presenciara. 

A partir desse desejo, de saber mais, descobre que seu amigo pertence a esse universo religioso e começa a conhecer as palavras e as divindades pertencentes à umbanda e ao candomblé.

Ao falar das personagens, Carneiro conversa de forma bem direta com o público do livro, pois a idade de Anderson e Fabinho é mais ou menos a mesma do possíveis leitores, entre 12 e 14 anos. “Acho que nessa idade é importante a gente trabalhar esses princípios, de convivência e tolerância. É uma idade onde muita coisa está se formando, a visão de mundo está se formando”.

Estudioso das religiões afro-brasileiras, e candomblecista praticante, Carneiro teve que se despir da técnica de seus trabalhos para a produção da obra. Junto da antropóloga Stefania Capone, ele definiu a experiência como extremamente estimulante, e confessou ter se emocionado por diversas vezes durante a escrita.

Fruto de três meses de trabalho, a obra literária também mistura seu conhecimento científico e  sua vivência nos cultos. “Foi uma experiência que veio da convivência, com crianças que conhecemos no candomblé e na umbanda. Várias situações e vários personagens, inclusive os principais, são inspirados em pessoas reais”, concluiu.

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