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Repórteres, cinegrafistas e editores de todas as emissoras de televisão tiveram trabalho, ontem, domingo, 16, para esconder as mais variadas formas de opiniões controversas e até retrógradas expressas nestas manifestações. Assim como nas outras ocasiões, faixas pedindo intervenção militar, impeachment, pessoas caracterizadas com o uniforme da CBF e um inacreditável "Volta Sarney".
Mas a imagem que mais chocou foi a de uma mulher vestida de amarelo exibindo um cartaz dizendo: "Por que todos não foram mortos em 1964?".
Além disso, artistas que protestavam contra a violência nas periferias foram obrigados a sair da avenida Paulista neste domingo de protestos “pacíficos”.
Apesar de muitos manifestações posaram para fotos com policiais militares, a matança na periferia da grande São Paulo não arrefeceu. No primeiro final de semana depois da chacina em Osasco e Barueri, fato em que se suspeita terem sido praticados por militares, nem 1 cartaz demandava justiça por essas mortes.
Na “festa da democracia”, a violência contra a periferia não coube. Esse tema não sensibilizou a maioria dos 135 mil manifestantes, segundo Datafolha, que estavam ontem na avenida Paulista.
Paralelamente, centenas de pessoas se reuniram neste domingo na porta do Instituto Lula, no Ipiranga, na Grande São Paulo, para defender o governo de Dilma Rousseff (PT). A mobilização foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) "em defesa da democracia" e "contra o golpe" que, segundo os membros do grupo, os setores da oposição orquestram nas manifestações deste domingo ao exigir o impeachment da presidente pela suposta responsabilidade do governo no caso de corrupção da Petrobras.
Em Belo Horizonte, segundo a Policia Militar, à 12h eram 10 mil pessoas no local. Depois, a PM reduziu para seis mil o número de participantes no protesto desse domingo. Derrotado nas urnas, Aécio Neves (PSDB) subiu em dois trios elétricos: o dos Patriotas e do MBL. “Meu partido é o Brasil”, disse ele. “Chega de tanta mentira, tanta corrupção e tanto desprezo ao povo brasileiro. E viva vocês”. O senador ficou apenas 30 minutos no evento, circulou entre a multidão, entrou em um carro e foi embora
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