Encontrar um bom nome para formar uma dupla e que dê sustentação à imagem de um projeto político é uma questão crucial para 2016. Partidos correm atrás de filiações
Faltando praticamente um mês para o encerramento da troca e filiação partidária para os que querem se candidatar a prefeito ou vereador nas eleições municipais de 2016, em Lavras, no Sul de Minas, as legendas e lideranças estão mobilizadas.
A cidade, pelo que se vê até o momento, deverá ter no máximo quatro postulantes a cadeira do Executivo municipal e a disputa por uma vaga na Câmara Municipal promete ser uma das mais acirradas da história local.
As convenções municipais só ocorrem no próximo, etapa em que os partidos oficializam seus candidatos e formam as coligações. Até lá, todos ainda são pré-candidatos, a prefeito ou vereador.
Na cidade ninguém ainda se assumiu pré-candidato a prefeito, mas vários nomes já estão circulando na boca do povo como possíveis postulantes.
No grupo político do ex-prefeito Carlos Alberto Pereira (CAP) e da sua esposa a deputada federal Dâmina Pereira, ambos do PMN, de acordo com correligionários, a expectativa gira em torno dos nomes do filho do casal, o empresário Carlos Eduardo de Carvalho Pereira e do também empresário Dehon Tratores, que já foi candidato a prefeito e a deputado estadual.
Se pessoas ligadas ao grupo político de CAP, quanto é questionado sobre o assunto, Carlos Eduardo tem tido que ainda não é o momento para falar sobre o assunto e que a sua prioridade é com os negócios da família.
Já Dehon iniciou contatos com antigos apoiadores. Ainda segundo fontes, existe a possibilidade de uma candidatura “independente” de Dehon Tratores.
No PSDB, que após a saída do atual prefeito Silas Costa Pereira (PMDB) da legenda, levou um tremendo baque, perdendo não só a prefeitura, mas também grande parte do seu quadro de militantes, a expectativa dos correligionários é com uma eventual candidatura da ex-prefeita Jussara Menicucci, que foi a principal cabo eleitoral na campanha de Silas.
Ao tentar uma manobra ousada que iria impor uma derrota ao atual prefeito dentro do Diretório Municipal, os tucanos se surpreenderam com uma ação rápida e bem elaborada por parte do grupo de Silas, que não somente conseguiu deixar o PSDB por justa causa, como também se filiou ao PMDB, que foi fiel aliado da ex-prefeita nas suas duas gestões e ainda levou consigo grandes quadros que se deram sustentação ao projeto político da Menicucci.
Em uma eventual candidatura, a ex-prefeita terá um duro desafio pela frente, pois diferente das outras ocasiões, não terá a força do Governo do Estado e da prefeitura. Os seus antigos e tradicionais aliados também terão uma dura escolha, principalmente aqueles que ocupam cargos na atual administração: permanecer no grupo de Silas ou deixar os cargos e embarcam em um possível palanque da ex-prefeita.
Além disso, Jussara, apesar do rompimento político com Silas, terá que carregar a imagem eternizada na memória dos eleitores lavrenses do apoio ao atual prefeito nas eleições de 2012. Silas, agora no PMDB, não sinalizou se tentará ou não a reeleição. Pessoas próximas dizem que em uma eventual desistência do mandatário local, outro nome pode ser trabalhado para a empreitada municipal.
Do grupo do deputado estadual Fábio Cherem e do ex-prefeito Marcos Cherem, ambos do PSD, a surpresa vem com eminente candidatura do médico José Cherem. Fontes garantem que ele já teria se convencido de topar a possível empreitada.
Em entrevista ao blog O Corvo-Veloz recentemente, Marcos Cherem confirmou que o irmão é membro ativo do PSD e já vem realizando tratativas com vistas às eleições municipais, mas não confirmou uma eventual pré-candidatura. Ainda segundo as fontes, o PSD busca eventuais candidatos à vice, sendo que um determinado nome seria “dos sonhos”.
O vice é a questão que mais gera discussão nas legendas com pretensões a cadeira do Executivo. Encontrar um bom nome para formar uma dupla e que dê sustentação à imagem de um projeto político é uma questão crucial para 2016.
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