Com investimento aproximado de R$ 500 mil, empreendimento deve ser concluído no segundo semestre deste ano
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a prefeitura de Varginha assinam na tarde da última quinta-feira, 14, a Ordem de Serviço para o início das obras do Aterro Sanitário de Varginha.
Em outubro de 2013, a Câmara Municipal de Varginha aprovou a Copasa como responsável pelo aterro sanitário.
No dia 1º de junho do ano passado, o projeto do Aterro Sanitário de Varginha foi aprovado em reunião da SUPRAM Sul de Minas, pelos conselheiros do COPAM.
A aprovação da Licença de Instalação Corretiva (LIC), que foi divulgada no dia 8 de junho, no Diário Oficial da União, era o que faltava para que a Copasa desse encaminhamento à licitação das obras.
O Contrato de Programa concedendo os serviços de disposição final de resíduos sólidos urbanos de Varginha para a Copasa foi assinado em dezembro de 2014.
Desde então, a empresa iniciou a elaboração do projeto executivo e providenciou o licenciamento ambiental para, em seguida, licitar as obras do Aterro Sanitário.
O empreendimento contempla a adequação e impermeabilização da plataforma do aterro, lagoa de armazenamento de chorume, poço de monitoramento da qualidade da água do lençol freático, instalações elétricas e hidráulicas, além do prédio da administração, dentre outros serviços.
A Copasa será responsável pelos serviços por um período de 26 anos, contados a partir do início de operação. Além da adequação do Aterro Sanitário, a Companhia realizará as ampliações necessárias no local e avaliará a utilização de novas tecnologias de reciclagem que possibilitem o aumento da vida útil do espaço.
“Com investimento aproximado de R$ 500 mil, as obras do Aterro Sanitário de Varginha estão previstas para serem concluídas no segundo semestre de 2016”, explica Frederico Ferramenta, diretor de Operação Sul da Copasa.
O Aterro Sanitário de Varginha atenderá todas as exigências legais e ambientais. Para isso, contará com a impermeabilização de base para evitar infiltração de líquidos, drenagens internas para direcionamento do chorume para tanque de acumulação e posterior tratamento, descarga e compactação dos resíduos para conferir maior estabilidade do maciço, cobertura dos resíduos para evitar proliferação de vetores e todos os monitoramentos ambientais necessários.
Estiveram presentes no ato, que ocorreu na sede da prefeitura, a presidente da Copasa, Sinara Meireles, o diretor de Operação Sul da Copasa, Frederico Ferramenta, e o prefeito de Varginha, Antônio Silva (PTB).
“Varginha será a primeira cidade a ter um aterro sanitário administrado pela Copasa e, com isso, se tornará referência em saneamento básico ao ter água, esgoto e resíduos sólidos tratados. Isso contribuirá diretamente para a melhoria da qualidade de vida da população”, afirma Frederico Ferramenta.
Estrutura
O aterro será sanitário convencional, para disposição de resíduos sólidos urbanos, sistema de drenagem de líquidos lixiviados, sistema de drenagem de biogás, sistema de drenagem pluvial, sistema de impermeabilização de fundo e superior, sistemas de monitoramento ambiental, operacional e geotécnico e unidades operacionais.
Além disso, contará com sistema de pesagem (balança e sala de controle), refeitório, vestiários, galpão para depósito de materiais, oficina mecânica, guarita e estacionamento para veículos.
O novo aterro está localizado na Fazenda das Posses, na zona rural do município, a 6km do Posto Pedra Negra, na Avenida dos Imigrantes. O município vai continuar sendo oresponsável pela coleta de lixo em Varginha.
Coleta seletiva
O projeto para a coleta seletiva na cidade, também já está sendo estruturado por meio de parcerias que também prevê a participação da Copasa.
A companhia participa da implementação do programa de coleta seletiva no município, com a disponibilização de equipamentos e apoio na implantação de infraestrutura para o centro de triagem.
Polêmica
Atualmente, Varginha descarta cerca de 100 toneladas de resíduos domésticos por dia em um lixão. O Sindicato das Empresas de Coleta, Limpeza e Industrialização do Lixo de Minas Gerais, manifestou que a escolha da Copasa pela prefeitura de Varginha para gerenciar o aterro não é a mais adequada.
O custo do aterro poderia ser 11% menor do que o fechado com a concessionária, segundo o sindicato. A entidade também chegou a cobrar a realização de um processo licitatório. A atual administração da cidade alega que a licitação não é necessária para esse tipo de contrato.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o custo do serviço prestado pela Copasa, orçado em R$ 73,37 por tonelada aterrada, foi o menor entre os apresentados pelas empresas cotadas.
De acordo com a prefeitura, a mudança do descarte para o aterro sanitário não vai implicar em cobrança de taxas adicionais para os moradores.
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