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MPF DENUNCIA MÉDICO QUE INTEGROU ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ENVOLVIDA COM PORNOGRAFIA INFANTIL

Composto por integrantes de pelo menos quatro países, grupo recebia orientações do acusado sobre como dopar as vítimas para que elas não oferecessem resistência aos abusos


O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) em Uberaba, no Triângulo Mineiro, denuncio um médico, de30 anos, pelos crimes de produção, distribuição e armazenamento de material pornográfico envolvendo criança (artigos 240, 241-A e 241-B da Lei 8.069/90) e por financiar e integrar pessoalmente organização criminosa transnacional (artigo 2º, § 4º, V, da Lei 12.850/2013).

Segundo a denúncia, o médico, que se encontra preso na penitenciária de Uberaba desde o dia 21 de dezembro passado, integrava uma organização criminosa internacional chamada NoLimitsFun (NFL), dedicada ao tráfico de pessoas, à exploração sexual de crianças e à produção e distribuição de vídeos de pornografia infantil, entre eles um material em que uma criança de apenas 18 meses é torturada e violentada sexualmente.

Os crimes foram descobertos pela Polícia Federal da Austrália, que encaminhou ao Brasil relatório identificando os integrantes da organização, liderada pelo australiano Peter Gerard Scully e composta pelos filipinos Carme Ann Alvarez e Liezyl Margallo, pelos alemães Christian Rouche e Jens Van Dijk e pelo brasileiro.

De posse das informações, a Polícia Federal instaurou inquérito policial para investigar o caso, e, ao prender o médico, executou mandados de busca e apreensão em sua residência e local de trabalho, por meio dos quais recolheu farto material comprovando a prática dos crimes.

Apurou-se ele ingressou na organização no ano de 2012, quando ainda era estudante do curso de medicina. A partir de agosto de 2013, ele começou a enviar remessas de valores para financiar a exploração sexual de crianças e a produção e distribuição dos vídeos de pornografia infantil.

"A constante remessa de dinheiro efetuada pelo denunciado aos demais integrantes da organização revela sua efetiva participação no núcleo criminoso, a promover o desenvolvimento da empreitada delitiva, facilitando a produção e disseminação de material contendo abuso sexual de crianças e adolescentes", relata a denúncia.

Mas a participação do médico não se limitou ao apoio financeiro. Ele também orientava Peter Scully e Liezyl Margallo sobre a forma adequada de dopar as vítimas, para que não oferecessem resistência aos abusos sexuais.

O acusado também distribuiu material pornográfico produzido por seus comparsas a outros usuários da internet, para, conforme ele próprio admitiu em seu depoimento à Polícia Federal, ganhar "prestígio" junto aos outros integrantes da organização.

Foram encontrados em seus computadores 37 mil arquivos contendo imagens de pedofilia e 700 vídeos apresentando crianças e adolescentes em cenas de pornografia ou sexo explícito. As penas para os crimes imputados ao acusado, somadas, vão de 11 a 26 anos de prisão.
com assessoria

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