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FERNANDO PIMENTEL ENTREGA PRIMEIRA ETAPA DAS OBRAS DO ESTADUAL CENTRAL

Foram investidos R$ 12,7 milhões em reformas. A segunda parte das intervenções, em processo de licitação, vai incluir paisagismo e melhorias também na Unidade II


Ex-aluno da Escola Estadual Governador Milton Campos, o Estadual Central, em Belo Horizonte, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, voltou, nesta quarta-feira, 22, ao colégio para entregar a primeira etapa das obras de reforma do local, que incluíram a recuperação das características originais da construção e modernização do espaço. 

Emocionado, Pimentel destacou a sua relação pessoal com o Estadual Central e a importância da educação para a formação dos cidadãos.

“Volto, hoje, ao meu querido Estadual Central, onde estudei em 1968, o ano mais importante da minha vida. Foi o ano das grandes mobilizações estudantis. Começamos lá e, até hoje, estamos vivendo aquele ano”, lembrou. 

“Naquela época, exercemos aquilo que é a vocação maior de uma instituição de ensino: a pluralidade, a diversidade, a capacidade de debater com liberdade, a capacidade de interagir e formar uma consciência que nos valeu pela vida inteira. Creio que o Colégio Estadual soube preservar essa missão. O colégio é muito mais do que essa arquitetura que estamos vendo aqui, tão bonita e representativa de uma época. A arquitetura é só uma embalagem. O que vale são os alunos, os servidores e os professores. É a integração desse contingente humano que faz a escola ter a importância que ela tem para a formação das novas gerações”, afirmou.

O governador ressaltou que a intenção do governo do Estado com a reforma é “oferecer aos alunos tudo aquilo que eles precisam para terem capacidade de refletir, interagir, e fazer dessa escola uma referência para o Brasil e para o mundo”.

Na primeira etapa, foram investidos R$ 12,7 milhões, incluindo a reforma dos blocos da administração e da cantina, além de todas as 30 salas de aula do segundo piso, pilotis e auditório. 

Foram instalados um elevador para acesso do pilotis ao segundo andar e telhas acústicas para reduzir ruídos externos, além da impermeabilização da laje da cobertura, brises para minimizar a incidência direta da luz do sol nas salas de aula e adequação do espaço da cantina. 

A reforma do auditório incluiu a instalação de um novo sistema de ar condicionado.

O espaço provisório onde funcionava o laboratório foi demolido e um novo prédio foi construído na Unidade II. Nele, funcionarão os laboratórios de Física, Química e Ciências/ Biologia, além de vestiários feminino e masculino.

Emoção
Ao lembrar sua passagem pelo colégio e sua atuação no movimento estudantil na década de 1960, Fernando Pimentel disse nunca ter imaginado poder discursar enquanto governador na rampa do colégio, considerada um dos símbolos da resistência à ditadura militar. 

“Eu já falei aqui em outras circunstâncias no ano de 1968. Como governador, eu não podia imaginar, e é uma emoção muito grande lembrar esse período da minha vida”, disse.

“Vou mencionar verso do Fernando Pessoa que mostra muito do que eu senti aqui nesse colégio, e tenho certeza que muitos dos alunos que estão aqui também sentiram: ‘Não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada, e, a partir disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo’. Essa é a própria essência do adolescente. E aí lembro de outro verso do poeta que estudou nesse colégio, Márcio Borges, que diz: ‘Os sonhos não envelhecem’. Quero dividir com vocês que eu continuo sonhando os mesmos sonhos de 1968”, finalizou o governador, que foi presenteado por alunos com registros históricos da época em que estudou no colégio.

Estadual Central
O Estadual Central é uma das escolas públicas mais importantes de Minas Gerais. O prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). 

A restauração e reforma geral da escola buscam fazer com que a Unidade I volte a ter as características do projeto original, que foi concebido para remeter a elementos utilizados no espaço da escola à época. 

O espaço que abriga as salas de aula lembra uma régua, o auditório da escola faz menção a um mata-borrão, enquanto a caixa d’água remete a um giz utilizado em um quadro negro.

Para a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, as intervenções realizadas vão valorizar ainda mais uma das principais escolas mineiras, instalada em 1854, em Ouro Preto. 

“É uma das primeiras escolas públicas da história de Minas Gerais, que começou em Ouro Preto e depois foi transferida para a capital em 1956. É uma escola de muito valor, que transformou muitas pessoas importantes na vida pública de Minas e, ainda hoje, tem um número significativo de estudantes”, resumiu. 

Ao todo, 2.200 alunos de ensino médio estudam no local, distribuídos em 60 turmas, e cerca de 150 servidores.


O vice-diretor do turno da noite da escola, João Martins Braga, ressaltou a importância da educação e de manter o colégio como referência na área. 

“É na educação que se tem certeza e garantia de uma trajetória exitosa. Peço que o governador e demais autoridades nos ajudem a fazer dessa escola o que ela nasceu para ser: grande e agregadora para o futuro”, disse.

Segunda etapa
A segunda etapa das obras, cujo processo de licitação está em andamento, prevê a complementação do empreendimento da Unidade I, entre as quais paisagismo, colocação de vidro no muro externo (rua Antônio de Albuquerque), 15 metros de vidro no muro pela rua São Paulo e 15 metros pela rua Rio de Janeiro. 

Outras melhorias são vidros e guarda-corpo na rampa de acesso às salas de aulas e hall superior, mesas e bancos de concretos nas áreas de convivência.

Na Unidade II serão realizados acabamentos nos banheiros, vestiários e laboratórios (instalação de portas, bancadas, armários, divisórias etc), construção de nova entrada com acessibilidade pela rua São Paulo e instalação de gradil na rua Felipe dos Santos.

Também participaram da solenidade o deputado estadual Rogério Correia, representando a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a presidente Iepha-MG, Michele Abreu Arroyo, secretários de Estado, trabalhadores da obra, professores, funcionários e alunos da escola.

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