Resultados indicam que couve-do-mato possui uma substância muito mais nociva que a nicotina, a anabasina
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Couve-do-mato |
O grupo de estudos do Centro de Informações sobre Plantas Medicinais e Tóxicas (CIMPLAMT) da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) descobriu que uma planta da região, muito encontrada na zona rural de Divinópolis. no Centro-Oeste do Estado, e até então conhecida por ser comestível, na realidade é tóxica.
A Nicotiana glauca, pertencente à família do tabaco e chamada popularmente de couve-do-mato ou falsa mostarda, possui substâncias altamente tóxicas que podem levar à morte.
Os pesquisadores atestaram que a intoxicação com o vegetal, em qualquer fase de seu desenvolvimento (adulta, com ou sem flores), pode causar paralisia nas pernas, parada respiratória e provocar a morte.
Segundo o professor João Máximo de Siqueira, do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), a couve-do-mato “possui uma substância muito mais nociva que a nicotina, a anabasina”.
O grupo de pesquisa destaca que os sintomas de intoxicação são a perda dos movimentos das pernas e a dificuldade para andar seguida de parada respiratória.
Devido à gravidade da intoxicação, a pessoa que consumir couve-do-mato deve ser encaminhada com urgência a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
CIMPLAMT
O projeto, idealizado pelo professor João Máximo de Siqueira, iniciou-se em 2009 com o apoio da FAPEMIG e a colaboração dos professores Ana Hortência Castro, Luis Fernando Soares, e de técnicos e docentes do curso de Farmácia da UFSJ.
Tornou-se um projeto de extensão que busca repassar informações sobre cuidados e riscos de plantas medicinais e tóxicas para a comunidade de Divinópolis.
Ultimamente, o CIMPLAMT trabalha com a couve-do-mato in vitro, com a finalidade de descobrir a fase mais venenosa da planta, em que ela seja mais prejudicial à saúde.
Os estudos com o vegetal são conduzidos por Máximo, Vanessa Stein e Marco Aurélio Lobão.
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