Pular para o conteúdo principal

JOVENS DE LAVRAS E REGIÃO PARTICIPARÃO DO 3º ACAMPAMENTO NACIONAL DO LEVANTE POPULAR

Durante os cinco dias de evento, os 7 mil jovens que são esperados, discutirão os principais temas da juventude que estão em pauta


“Vem pro Acampa Lutar é o caminho, 7 mil jovens tremendo o mineirinho”. A música tema do 3º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude já revela a ousadia do movimento: entre os dias 5 e 9 de setembro de 2016, realizará no Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, a 3º edição do Acampamento Nacional com a presença de 7 mil jovens de todos os estados brasileiros, reunidos no Estádio do Mineirinho. 

De acordo com a organização do evento, são jovens do campo e da cidade, das periferias, universidades e escolas secundaristas, além de representantes de movimentos sociais de outros países. 

Jovens de Lavras, entre estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e moradores da cidade, bem como de outras cidades do Sul de Minas estarão participando do evento.

Um ônibus vai sair da cidade para se juntar as caravanas das várias regiões do pais que irão participar da terceira edição do acampamento.

Durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quarta-feira, 31, deputados e representantes de movimentos sociais defenderam uma série de protestos e mobilizações no País, para enfrentar a possibilidade de corte de direitos sociais e trabalhistas. 

A reunião da Comissão de Direitos Humanos foi organizada para discutir o tema: “Democracia, liberdade e Direitos Humanos no Brasil e em Minas Gerais”.

Representando o Levante Popular da Juventude, a estudante Débora de Araújo Costa falou sobre a organização do 3° Acampamento Nacional e destacou a necessidade de reorganização da esquerda no Brasil.

“É um desafio para mostrar que não vamos abaixar a cabeça. Uma semana após esse golpe parlamentar, vamos nos reunir para dizer não e gritar fora Temer”, afirmou ela, salientando que é necessário reorganizar a esquerda para resistir ao retrocesso de direitos.

A terceira edição do Acampamento tem o lema: “Nossa Rebeldia é o povo no poder”, resumindo assim a luta, desejo e meta do movimento. 

“Nós, a juventude da classe trabalhadora, carregamos dentro de nós um sentimento que é explosivamente rebelde, que é fruto de anos e anos de exploração, opressão e massacre. É esse sentimento de rebeldia, represado em cada um e cada uma de nós, que nos coloca a tarefa urgente de fazermos um acerto de contas com o imperialismo que subjuga e explora os nossos povos!” afirma o militante Thiago Pará, um dos coordenadores nacionais do Levante.

Durante os cinco dias de evento, os 7 mil jovens que são esperados, discutirão os principais temas da juventude que estão em pauta e a partir daí construirão um programa político para atuação no próximo período. 

Além do debate das pautas políticas, o Acampa, como chamam, é um espaço de diálogos, trocas de experiências e muita cultura. O acampamento se encerra com a seleção de uma nova coordenação nacional a partir das discussões que se desenvolveram nos acampamentos estaduais.

Acampamentos anteriores
O primeiro acampamento aconteceu em 2012 em Santa Maria-RS, quando o Levante deu o ponta pé para sua nacionalização. Nele estavam presentes 1200 jovens de 17 estados. 

Até então, o movimento que surgiu em 2005, em Porto Alegre atuava apenas no Rio Grande do Sul. 

O segundo, já com 3200 jovens, foi realizado em Cotia-SP, e reuniu jovens camponeses, estudantes e moradores das periferias urbanas, representantes de movimentos sociais do Brasil e toda América Latina.

O Levante Popular da Juventude está presente em 24 dos 26 estados brasileiros nos quais, até o acampamento nacional que acontece entre os dias 5 e 9 de setembro em Belo Horizonte, terão realizado seus acamamentos estaduais. 

De acordo com o movimento, o acampamento nacional acontece a cada dois anos e é o espaço máximo de deliberação do movimento.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BOLSONARO CONDENADO

Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria, condenar os oito réus do Núcleo 1 da ação penal 2668, a trama golpista. A AP 2668 tem como réus os oito integrantes do Núcleo 1 da tentativa de golpe, ou “Núcleo Crucial”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu-colaborador); o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. A acusação envolveu os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de E...

BELEZAS DO CAMPUS

Se você já caminhou pelo campus da UFLA e olhou para o alto, provavelmente se deparou com esse incrível símbolo da biodiversidade brasileira: o tucano. Com seu longo bico alaranjado e plumagem preta, ele chama atenção por sua beleza e importância ecológica. No entanto, não se engane: apesar de ser encantador, o tucano é considerado um animal silvestre e predador. Os tucanos costumam viver em pares ou em bandos de até duas dezenas, deslocando-se em fila indiana durante o voo. Eles são considerados onívoros e sua alimentação é variada. Apesar de uma dieta majoritariamente composta por frutas e insetos, eles também se alimentam de ovos, filhotes de outras aves e pequenos vertebrados, revelando uma notável adaptabilidade alimentar. É fundamental destacarmos o importante papel que essas aves desempenham na natureza. Ao espalharem sementes durante seus voos, elas promovem a regeneração das florestas. Isso reforça a importância de sua preservação e a necessidade de combater a comercialização ...

DECOLONIZAR A FILOSOFIA

Sinopse: "Política de Descontinuidade: Ética e Subversão" é uma obra provocativa que mergulha nas complexidades éticas e políticas da sociedade contemporânea. Escrito com clareza e profundidade, o livro lança luz sobre as dinâmicas de poder que moldam nossas interações diárias, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento e à marginalização dos corpos designados como dissidentes. Com o Prefácio de Adilson Moreira, a obra Políticas de descontinuidade: ética e subversão tem como propósito compreender a dinâmica das estruturas discriminatórias e seu apreço péla retroalimentação do poder. Deste modo, propor, por meio de uma ética da diferença, da solidariedade e antidiscriminatória, a corrosão desses sistemas de precarização e aniquilamento. O autor, Thiago Teixeira, explora como conceitos como racismo e ciseterobrutalidade reforçam uma hierarquia injusta entre os indivíduos, perpetuando fronteiras entre vida e morte e reforçando normas sociais que marginalizam e oprimem. ...