quarta-feira, 19 de outubro de 2016

COMPROMISSO COM A VERDADE

Em nota, COBEM-ABEM ressalta que "não faz ranqueamento, classificação de escolas, avaliações, ou determina critérios para dizer que esse ou aquele curso é melhor"

Vale tudo pelo marketing?

No início da tarde de ontem, terça-feira, 18, a DCOM e setores influentes abrigados e com trânsito na estrutura da Direção Executiva, lançaram no site oficial da instituição uma peça jornalística intitulada “Medicina da UFLA está entre os quatro melhores cursos do programa Mais Médicos”.

A reportagem destaca a participação do curso de medicina da UFLA no 54º Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), realizado de 12 a 15 de outubro, em Brasília. O evento é organizado pela renomada e respeitada Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), que possui em seus quadros profissionais de destaque na área no Brasil. 

A peça jornalística, que teve prioridade para ser montada na DCOM (em vista de outros setores que nem sempre são privilegiados de forma tão rápida e com tanto esforço na comunicação institucional), induz o leitor a concluir que houve ranqueamento, premiação, seleção ou privilégio ao referido curso por parte do evento e de sua organizadora. 

Ao mesmo tempo, a matéria não cita quais critérios de seleção, comissão julgadora, quantos cursos ao todo participaram do evento, não traz quais as instituições dos outros três cursos que obtiveram essa “classificação” dos “quatro melhores” do Programa Mais Médicos, que é uma política pública de responsabilidade do Ministério da Saúde (MS).

O conteúdo se desenrola criando no leitor e na mídia que venha a replicá-lo confiando na fonte oficial divulgadora, conclusões baseadas por critérios subjetivos, com a clara preocupação e compromisso de apenas visar uma "jogada" de marketing por mecanismo oficial.

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Segue nota oficial da ABEM, entidade organizadora do 54º Congresso Brasileiro de Educação Médica:

O COBEM, importante encontro sobre Educação Médica que ocorreu esse ano em sua 54º versão, com a presença de aproximadamente 2.200 estudantes, professores, pesquisadores em ensino médico e dirigentes de Escolas e dos Ministérios da Saúde e Educação, foi, como sempre tem sido, um importante momento de discussão da educação médica no país, buscando cada vez mais que as Escolas formem o profissional médico que a sociedade brasileira almeja.

Em momento nenhum ela faz ranqueamento, classificação de Escolas, avaliações, ou determina critérios para dizer que esse ou aquele curso é melhor, seja em qual for o aspecto que se deseja avaliar.

A ABEM, Associação Brasileira de Educação Médica, responsável pelo Congresso é contra qualquer tipo de classificação entendendo que cada instituição é soberana para avaliar suas fortalezas e fraquezas e todos deveremos estar imbuídos da boa formação profissional, pois esse é o ideal que convém á saúde da Nação.

Tal afirmação deve ter sido, seguramente, algum entendimento distorcido de falas ou experiências apresentadas.

Atenciosamente,

Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM
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A redação do Blog O Corvo-Veloz entrou em contato com a Diretoria de Comunicação (DCOM) e a Reitoria da Universidade Federal de Lavras (UFLA) na última sexta-feira, 14 (dia útil no Brasil), abrindo espaço para o posicionamento da instituição pública sobre a situação do Complexo da Medicina, das obras paralisadas e atrasadas, conforme reportagens publicadas nos dias 13 e 17. Ambas não emitiram nenhum posicionamento sobre o assunto conforme solicitado oficialmente.

O Blog O Corvo-Veloz na defesa da instituição pública e gratuita, no fortalecimento das instituições e em consonância com o princípio da liberdade de imprensa, elaborou uma reportagem fundamentada em critérios verdadeiros e comprovados, mostrando a real situação de infraestrutura no campus da Universidade Federal de Lavras. 

Como é de conhecimento de nossos leitores, sempre lutamos pelo engradecimento da instituição UFLA e temos apreço e valor pela sua comunidade de docentes, servidores técnico-administrativos, estudantes, colaboradores terceirizados, parceiros, assim como respeito pelos seus cursos de extensão, graduação e pós-graduação.

Da mesma forma, temos apreço e respeito por uma profissão tão primordial como a medicina, seus profissionais, estudantes e suas entidades de classes, estas vigorosas na defesa e desenvolvimento deste setor tão importante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo por vaidade??
Nem possuem o próprio departamento,nem salas de aula e precisam ir para UFMG para assisti-las e fazer as praticas,nem formou turma e estão entre os melhores??Muito estranho isso.