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UFLA PARTICIPA DE DIA DE MERCADO DE CAFÉ

O coordenador do Bureau de inteligência competitiva do Café, Eduardo Silva César, abordou o tema terceira onda do café 
Coordenador de pesquisas e gestão em serviços do CIMUFLA, Diego Humberto de Oliveira, falou sobre os custos de produção de café

Foi realizado nesta terça-feira, 18, o Dia de Mercado em Café, o evento reuniu cafeicultores, engenheiros agrônomos, técnicos e lideranças classistas da região no município de Linhares (ES). Promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), o evento contou com o apoio do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Durante o evento foram apresentados palestras e debates com especialistas do setor sobre temas ligados à atividade cafeeira com o objetivo de obter mais conhecimento técnico e aprimorar a gestão da propriedade.

Palestras
O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIM/UFLA, Diego Humberto de Oliveira, foi o primeiro expositor e falou sobre os custos de produção no café, ele também apresentou dados do Projeto Campo Futuro, desenvolvido pela CNA em parceria com diversas universidades. 

O projeto consiste no levantamento de custos das principais culturas produzidas no país. Segundo ele, o produtor rural precisa ter planejamento para administrar suas despesas na propriedade. 

“Dados isolados não auxiliam o produtor na tomada de decisões. O custo de produção é a informação primordial para que ele consiga comercializar sua produção a preços que remunerem sua atividade e mantenha margens favoráveis”, destacou o pesquisador.

Na sequência, o coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café do CIM/UFLA, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café”, uma nova etapa do consumo da bebida, que engloba apreciadores cada vez mais exigentes, que buscam produtos com qualidade superior e sofisticada e se interessam por detalhes do método de produção, desde o grau de torra e beneficiamento, até o nome do produtor. 

“É um nicho que pode representar uma boa oportunidade para o produtor que atender às exigências deste mercado”, explicou. 

A terceira onda veio precedida da primeira e da segunda onda, que mostram diferentes fases de consumo. 

Na primeira, as pessoas procuravam o café por conta do efeito estimulante causado pela cafeína, pouco se importando com a qualidade. Na segunda, há um pouco mais de preocupação com a qualidade, ainda que não fosse de alto padrão.

O terceiro palestrante foi o assessor técnico da Comissão Nacional de Café da CNA, Maciel Aleomir da Silva, que fez a palestra “A importância da informação no mercado de café”. Na sua avaliação, este fator é essencial para a tomada de decisões na atividade. 

“Muitas vezes trabalhamos com fatores que não estão no controle do produtor. Mas usando a informação da forma correta, as incertezas diminuem porque temos maior possibilidade de saber a hora de tomar as decisões”, ressaltou. Segundo ele, questões como aumento da rentabilidade e aquisição de insumos estão diretamente ligadas à utilização correta da informação.

O último expositor foi o consultor Carlos Brando, sócio-diretor da P&A Marketing, que passou para os produtores as tendências e perspectivas do mercado mundial.

 Ele destacou que o consumo de café em 2025 pode chegar a 175 milhões de toneladas e o Brasil vai ser responsável por boa parte do fornecimento do produto. Segundo ele, 75% da produção mundial virão de seis países: Brasil, Colômbia, Vietnã, Honduras, Etiópia e Indonésia. 

Brando explicou, também, que nos últimos anos, a melhoria de renda em países com grande população, como China, Índia, Brasil e Indonésia, fez aumentar o consumo. Lembrou, ainda, que o Brasil é o maior caso de sucesso mundial na produção de café, com crescimento de 50% em 10 anos, sem expansão de área.
das assessorias CNA e InovaCafé
colaborou Vanessa Trevisan

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