quarta-feira, 30 de novembro de 2016

DENGUE: PASSOS E VARGINHA ESTÃO EM ALERTA

Em todo o país, LIRAa aponta 855 cidades em situação de risco. O levantamento é fundamental para orientar as ações de controle das três doenças
Agente aplica inseticida em condomínio de Passos, no Sul de Minas

Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com os municípios, aponta que 80 cidades encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika no Estado de Minas Gerais. 

Desse total, sete municípios estão em risco: Mutum, Governador Valadares, Bambú, Novo Cruzeiro, Bom Despacho, Aimorés e Paracatu. Outros 73 estão em alerta e 58 aparecem em situação satisfatória. 

Belo Horizonte, a capital do estado está em situação satisfatória. Os dados do LIRAa, foram apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), que também divulgou a nova campanha deste ano para combate ao mosquito transmissor das três doenças. 

Entre as cinco maiores cidades do Sul de Minas, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Lavras apresentam índice satisfatório. Já os municípios de Passos e Varginha estão em situação de alerta. 

A nova campanha chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes.  

“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika. Como chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também esperamos estabilização dos casos de chikungunya” explicou o ministro Ricardo Barros. 

Ele ressaltou, no entanto, que o Sistema Único de Saúde (SUS) está qualificado e preparado para o atendimento destas pessoas. 

Dos 3.704 municípios brasileiros que estavam aptos a realizar o LIRAa - aqueles que possuem mais de 2 mil imóveis -  62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes. 

Realizado em outubro e novembro deste ano, o levantamento é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti. 

Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os tipos de depósito onde as larvas foram encontradas e, consequentemente, priorizar as medidas mais adequadas para o controle do Aedes no município. 

Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária de municípios. O ministro Ricardo Barros, no entanto, vai propor que a participação, no levantamento, dos municípios com mais de 2000 imóveis seja obrigatória, a partir de 2017. A proposta será apresentada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) entre estados, municípios e União, no próximo dia 8 de dezembro.

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