Em todo o país, LIRAa aponta 855 cidades em situação de risco. O levantamento é fundamental para orientar as ações de controle das três doenças
Agente aplica inseticida em condomínio de Passos, no Sul de Minas |
Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com os municípios, aponta que 80 cidades encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika no Estado de Minas Gerais.
Desse total, sete municípios estão em risco: Mutum, Governador Valadares, Bambú, Novo Cruzeiro, Bom Despacho, Aimorés e Paracatu. Outros 73 estão em alerta e 58 aparecem em situação satisfatória.
Belo Horizonte, a capital do estado está em situação satisfatória. Os dados do LIRAa, foram apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), que também divulgou a nova campanha deste ano para combate ao mosquito transmissor das três doenças.
Entre as cinco maiores cidades do Sul de Minas, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Lavras apresentam índice satisfatório. Já os municípios de Passos e Varginha estão em situação de alerta.
A nova campanha chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes.
“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika. Como chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também esperamos estabilização dos casos de chikungunya” explicou o ministro Ricardo Barros.
Ele ressaltou, no entanto, que o Sistema Único de Saúde (SUS) está qualificado e preparado para o atendimento destas pessoas.
Dos 3.704 municípios brasileiros que estavam aptos a realizar o LIRAa - aqueles que possuem mais de 2 mil imóveis - 62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes.
Realizado em outubro e novembro deste ano, o levantamento é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti.
Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os tipos de depósito onde as larvas foram encontradas e, consequentemente, priorizar as medidas mais adequadas para o controle do Aedes no município.
Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária de municípios. O ministro Ricardo Barros, no entanto, vai propor que a participação, no levantamento, dos municípios com mais de 2000 imóveis seja obrigatória, a partir de 2017. A proposta será apresentada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) entre estados, municípios e União, no próximo dia 8 de dezembro.
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