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PROFESSORES SUÍÇOS FALAM SOBRE O CIRCUITO DAS ÁGUAS


O projeto 'Segunda-feira às 18:00', iniciativa do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) trouxe, nesta segunda-feira, 7, os professores e engenheiros suíços Peter Walter Shmocker e Ernst Zucher para proferirem a palestra "A árvore como modelo para o nosso futuro: propostas para um projeto de desenvolvimento sustentável integral para a região do Circuito das Águas". 

Os palestrantes estiveram nas cidades do Sul de Minas por dois dias para conhecer um dos maiores parques de águas medicinais do mundo, a fim de ver o local e seus problemas e traçar estratégias para o circuito.

Ernst começou a palestra explicando que a árvore deve ser o centro de qualquer política ambiental. Segundo o suíço, ela é a responsável por proteger a fauna e a flora dos ecossistemas, o solo e as águas, além de ter dimensões sociais. Ernst ensinou que uma árvore é um envelope de água, e que, nas florestas úmidas, a água que ela evapora funciona como um protetor contra o sol. 

Ele também contou que a floresta não é apenas a soma das árvores que estão lá. É um organismo vivo, cujas árvores funcionam como órgãos em um corpo.

Assim como em um organismo, é necessário haver diversidade de órgãos. Em uma floresta são necessárias diversas espécies para que ela funcione plenamente. Por isso, Ernst criticou as políticas de reflorestamento que focam em apenas uma espécie, como o eucalipto, lembrando que em florestas desse tipo não há canto de pássaros. 

“Precisamos manter as florestas intactas”, afirmou, ao fim de sua apresentação. Além desses aspectos, Ernst também falou sobre a importância de se usarem, de forma sustentável, materiais orgânicos, como argila e madeira, na construção civil, lembrando que a madeira é um grande absorvedor de CO2.

Peter Walter Shmocker mudou o foco da palestra: do “pulmão do mundo, para o sangue do mundo”, as águas. 

Ele fez uma rápida apresentação sobre a sua visita ao Circuito das Águas e afirmou nunca ter visto algo parecido no mundo. 

De forma geral, ele considera que os parques estão sendo bem cuidados e que os poucos erros que encontrou podem ser consertados facilmente. 

Em alguns slides, mostrou alguns equívocos que encontrou na construção de um canal e explicou como a vida poderia voltar àquele curso d’água com medidas simples, como aumentar sua profundidade, variar as espécies de árvores plantadas nas laterais e colocar pedras no leito para que a corrente tenha variações de velocidade e propicie esconderijo aos peixes.

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