Pular para o conteúdo principal

DIREITOS HUMANOS: UFLA ADERE AO PACTO UNIVERSITÁRIO

Daniel Ximenes, diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do MEC, Ana Paula Piovesan Melchiori, pró-reitora da UFLA e Patrícia Mollo, coordenadora geral em Direitos Humanos do MEC

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) participou no último dia 2, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), do lançamento estadual do “Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos”. 

O Pacto é iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério dos Direitos Humanos. O evento, em Minas Gerais, foi realizado em parceria com a Associação Comercial de Minas de Minas (ACMinas) e com o Movimento Conspiração Mineira pela Educação. 

A UFLA já formalizou sua adesão ao movimento, que tem o objetivo de colaborar para a construção da cultura da paz e do respeito às diversidades nas Instituições de Educação Superior – IES (aí incluídas faculdades, institutos, centros universitários e universidades públicas, privadas e comunitárias), bem como nas Entidades Apoiadoras – EAS (todas aquelas que se comprometem a apoiar as iniciativas do Pacto nas IES). 

As preocupações centrais são com a superação da violência, do preconceito e da discriminação, por meio da promoção de atividades educativas de promoção e defesa dos direitos humanos nas IES, que devem desenvolver ações em pelo menos um dos eixos definidos no documento orientador do Pacto: ensino, pesquisa, extensão, gestão e convivência.

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, durante o evento foi possível perceber que a UFLA reúne todas as condições para se tornar uma das referências no tema. 

“O fato de termos já estruturada uma Coordenadoria para Assuntos das Diversidades e Diferenças (CADD), além de um plano de trabalho em andamento, faz com que possamos ter uma experiência enriquecedora com o Pacto. Podemos compartilhar nossas experiências e obter estímulo para seguir em frente”.

As instituições que aderem ao Pacto assumem compromissos como a elaboração de um plano formal de atuação e a formação de um comitê interno para atuação com o tema. 

Na UFLA, em 2016, foi criada a CADD, ligada à Praec. Desde então, a estrutura já teve suas competências acrescidas ao regimento da Pró-Reitoria, reuniões foram realizadas para discussão das linhas de ação e projetos já estão em fase de implementação.

O ingresso do estudante na UFLA e a atuação da CADD
Durante a semana de recepção realizada para os estudantes ingressantes no período letivo 2017/1 na UFLA, a CADD promoveu seis oficinas dedicadas a temas tratados pela Coordenadoria, alcançando a participação de mais de 1400 calouros. 

Estiveram em foco os assuntos “gênero e sexualidade”, “africanidades e educação”, “gêneros e relações de trabalho”, “cotas raciais nas universidades brasileiras”, “literaturas africanas em língua portuguesa” e “enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias”.

Para o coordenador do CADD, professor Renato dos Santos Belo, a presença das oficinas na programação da recepção aos calouros marca um passo significativo da instituição no reconhecimento da importância do respeito à diversidade e de uma cultura de tolerância que precisa se disseminar na sociedade brasileira. 

“A UFLA mostra efetivamente seu compromisso com a promoção de formas verdadeiramente irrestritas de conquista e ampliação da cidadania. O trabalho foi muito bem recebido pelos ingressantes, o que nos anima a prosseguir nesse caminho”, avalia o professor. 

“Com a consolidação da Coordenadoria, prevemos, muito em breve, apresentar à comunidade acadêmica da UFLA um programa de acolhimento às vítimas de violência por sua condição de gênero, sexualidade e cor. Também iniciaremos, a exemplo de outras coordenadorias vinculadas à Praec, promover campanhas mensais de conscientização da comunidade e valorização da diversidade”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VIGILÂNCIA SANITÁRIA INTENSIFICA FISCALIZAÇÕES PARA PREVENIR O COMÉRCIO DE BEBIDAS IRREGULARES

A Vigilância Sanitária de Varginha está realizando uma ação intensiva de fiscalização em distribuidoras e mercados da cidade para prevenir a comercialização de bebidas adulteradas e irregulares. Até o momento, foram apreendidas bebidas com prazo de validade vencido e sem procedência, mas nenhum caso de bebida falsificada ou adulterada foi identificado no município. Cinco equipes da VISA estão vistoriando 40 estabelecimentos, com foco em bebidas destiladas como cachaças, vodcas, whiskies e gins. A ação faz parte do trabalho preventivo da Secretaria Municipal de Saúde para proteger o consumidor e garantir produtos seguros. Dica importante: Antes de comprar, verifique o lacre e o rótulo, desconfie de preços muito baixos e, em caso de dúvida, entre em contato com o fabricante pelo SAC informado na embalagem. 📞 Denuncie bebidas suspeitas! Vigilância Sanitária de Varginha Telefone: (35) 3690-2204 Site: visavarginha.com.br/index.php/denuncias/

BOLSONARO CONDENADO

Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria, condenar os oito réus do Núcleo 1 da ação penal 2668, a trama golpista. A AP 2668 tem como réus os oito integrantes do Núcleo 1 da tentativa de golpe, ou “Núcleo Crucial”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu-colaborador); o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. A acusação envolveu os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de E...

DECOLONIZAR A FILOSOFIA

Sinopse: "Política de Descontinuidade: Ética e Subversão" é uma obra provocativa que mergulha nas complexidades éticas e políticas da sociedade contemporânea. Escrito com clareza e profundidade, o livro lança luz sobre as dinâmicas de poder que moldam nossas interações diárias, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento e à marginalização dos corpos designados como dissidentes. Com o Prefácio de Adilson Moreira, a obra Políticas de descontinuidade: ética e subversão tem como propósito compreender a dinâmica das estruturas discriminatórias e seu apreço péla retroalimentação do poder. Deste modo, propor, por meio de uma ética da diferença, da solidariedade e antidiscriminatória, a corrosão desses sistemas de precarização e aniquilamento. O autor, Thiago Teixeira, explora como conceitos como racismo e ciseterobrutalidade reforçam uma hierarquia injusta entre os indivíduos, perpetuando fronteiras entre vida e morte e reforçando normas sociais que marginalizam e oprimem. ...