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'A UNIVERSIDADE NÃO VAI PARAR', AFIRMA REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

O reitor Jaime Ramírez durante a entrevista concedida aos veículos da UFMG
 
A administração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vem fazendo gestões para que o governo federal libere R$ 25,98 milhões de recursos de custeio, o que corresponde a 15% do orçamento da universidade para 2017.
 
O valor está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, mas a universidade ainda não está autorizada a utilizá-lo. A informação foi dada pelo reitor Jaime Ramírez, nesta terça-feira, 8, em entrevista concedida ao Portal UFMG, à Rádio UFMG Educativa e à TV UFMG

Segundo o reitor, só há recursos para as despesas cotidianas (insumos e serviços terceirizados) até setembro. Ele garante, entretanto, que não há hipótese de suspensão das atividades-fim, ainda que seja preciso atrasar pagamentos de fornecedores, como já ocorreu em outras ocasiões.
 
“Se o governo federal mantiver a liberação de recursos no patamar de 85% do previsto, não só a UFMG, mas todas as outras federais vão ficar em situação grave até o fim do ano”, advertiu Jaime Ramírez.

Em razão do corte de recursos provocado pelo contingenciamento e pela redução do repasse, apenas duas das dez obras iniciadas continuam em curso: a nova moradia estudantil, no bairro Ouro Preto, e o Centro de Atividades Didáticas 3, no campus Pampulha, destinado aos cursos de Ciências Exatas.
 
Os prédios deverão estar prontos até o final do ano. Assim como a verba de custeio, os recursos para investimentos, que incluem obras, tiveram corte de 10% em relação a 2016 (descontada a inflação), e o contingenciamento chegou a 50%.
 
O orçamento de custeio da UFMG em 2017 é cerca de 10% inferior ao de 2016 – R$ 173,2 milhões frente aos R$ 191,8 milhões do ano anterior.

Assistência estudantil
Jaime Ramírez assegurou, ainda, que não haverá redução no pagamento de bolsas e benefícios de assistência estudantil.
 
O orçamento para essa área também foi reduzido em 2017, e as universidades viram a demanda crescer nos últimos anos, com o aumento do número de alunos e as ações de inclusão. Recursos de custeio têm sido utilizados para complementar o pagamento dos benefícios.

“Trabalhamos com a hipótese de que o governo vai nos assegurar a possibilidade de gastar todos os recursos previstos para este ano”, disse Ramírez, acrescentando que os esforços estão sendo feitos para que a universidade feche o exercício de 2017 com a quitação de todos os compromissos, o que inclui a manutenção das bolsas de assistência estudantil. “Isso é algo que universidade tem conseguido fazer – na verdade tem até ampliado”, afirmou.

O reitor Jaime Ramírez reafirmou que a situação é grave, mas a Universidade não vai parar. "Não vamos suspender atividades, diminuir contratos. Os cortes que poderiam ser feitos já foram feitos, no que se refere aos serviços contratados”.

Ouça reportagem da Rádio UFMG Educativa sobre a crise financeira nas universidades federais:
 
Assista a reportagem da TV UFMG:
 
com assessoria

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