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MP PROPÕE AÇÃO CONTRA PREFEITO E SECRETÁRIO DEVIDO À COBRANÇA DE MENSALINHO EM CARMO DA MATA

Esquema obrigava ocupantes de cargos de confiança a ajudar a pagar as dívidas da campanha eleitoral do prefeito

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Carmo da Mata, propôs Ação de Improbidade Administrativa contra o prefeito Almir Resende Júnior (PSDB) e o secretário municipal de Governo José Geraldo Rodrigues, devido ao “mensalinho”, esquema que obrigava quase todos os ocupantes de cargos de confiança do município a contribuir mensalmente para cobrir as dívidas da campanha eleitoral que elegeu o prefeito. 

Conforme apurado, os responsáveis pela cobrança recebiam em dinheiro vivo e entregavam ao secretário de Governo, que coordenava o “mensalinho”. Os secretários municipais e os secretários adjuntos “contribuíam”, respectivamente, com R$200,00 e  R$100,00.

O MPMG requer na ação que o prefeito e o secretário municipal de Governo sejam condenados à perda do cargo; à suspensão dos direitos políticos por cinco anos; à proibição de contratar com o Poder Público por três anos e ao pagamento de multa de até 100 vezes o valor das respectivas remunerações.

A Promotoria de Justiça descobriu o esquema durante uma interceptação eletrônica, que investigava a “farra das notas fiscais frias”.  Segundo o MPMG, apesar de alguns correligionários do prefeito tentarem camuflar a obrigatoriedade da “contribuição”, ficou evidente que se trata de uma contribuição obrigatória em benefício do prefeito. 

“Qual servidor comissionado vai se negar a participar do esquema de arrecadação de dinheiro em prol do prefeito, estando com a espada da exoneração em sua cabeça?”, questiona o promotor de Justiça Areslam  Eustáquio Martins.

O promotor de Justiça destaca ainda que o encarregado da “arrecadação” foi ouvido na Promotoria de Justiça e mentiu, inclusive não reconhecendo a própria voz no áudio. Entretanto, os demais interlocutores confirmaram o teor da conversa mantida com ele. 

“O esquema de arrecadação era de prazo indeterminado, mas, com as investigações ministeriais, creio que chegou ao fim”, concluiu o promotor de Justiça.

da assessoria do MPMG

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