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NÚMERO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VEM AUMENTANDO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

A tendência é de crescimento em 2018

O ingresso de pessoas com deficiência nos cursos de graduação presenciais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) vem crescendo e teve seus maiores números a partir de 2017. 

Se em 2011 apenas 1 estudante com deficiência ingressou pelos processos seletivos (PAS e SiSU), de acordo com os registros da Diretoria de Controle e Registro Acadêmico (DRCA), em 2017 foram 36, e em 2018 o quantitativo já é de 23 estudantes, apenas com dados do primeiro período letivo. 


De acordo com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), ao todo, considerando ingressantes e veteranos, graduação e pós-graduação, há hoje 91 estudantes na UFLA que declararam deficiência.

Se ingressar no curso superior é apenas o começo de uma caminhada importante para esses estudantes, há quem possa dar testemunho de que o esforço vale a pena e de que a conclusão do curso é compensadora. 

No último dia 23, recebeu a outorga de grau no curso de licenciatura em Educação Física Priscilla Maria da Silva Francelino. Com Necessidades Educacionais Especiais (Transtorno de Déficit de Atenção -TDA, grau leve de autismo e uma perda parcial de audição), Priscilla superou obstáculos e concluiu o curso. 


Ela conta que, após ter estudado na Apae e depois em uma escola regular, recebeu grande incentivo de uma amiga para investir na graduação. 

Relata que em alguns momentos se questionou o porquê de estar fazendo esse esforço. Mas agora se sente encorajada: “Quero trabalhar na área escolar, seja com estudantes de ensino fundamental, seja com estudantes de ensino médio. E ainda quero continuar a caminhada acadêmica, fazendo o mestrado”, diz Priscila.

Ao falar de sua trajetória na UFLA, Priscila garante que as ações de acessibilidade foram fundamentais. 

Desde a época em que a estrutura organizacional responsável pelo tema era o Núcleo de Acessibilidade, ela teve o apoio de ações específicas. Recentemente, com a criação da Coordenadoria de Acessibilidade, ligada à Praec, ela também vinha contando com o Programa de Apoio a Discentes com Necessidades Educacionais Especiais (Padnee). 

“Tive monitores para me auxiliar nas disciplinas e que acabaram se tornando meus amigos; tive também uma programação especial para fazer as atividades com um pouco mais de tempo.” Agora licenciada em Educação Física, Priscila incentiva outras pessoas a buscarem seus sonhos: “Dificuldades vamos encontrar em qualquer lugar. O que você precisa é saber o que quer e buscar com afinco os melhores meios de conseguir. É lógico que sozinho ninguém alcança, mas contando com o suporte necessário, nós podemos chegar lá. Todos devem saber que podem ter qualquer sonho”.

Para a efetiva inclusão das pessoas com deficiência, os números podem se tornar maiores do que são hoje, mas, diante do avanço já alcançado, é necessário que esse público saiba como a Universidade está se mobilizando para atendê-los em suas necessidades e quais os serviços com que podem contar.

É importante lembrar que o segundo período letivo de 2017 foi o primeiro em que os ingressantes passaram por processos seletivos com vagas reservadas para pessoas com deficiência. 

O Decreto 9.034, de 20 de abril de 2017, alterou a Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) e incluiu essa reserva de vagas aos grupos de cotistas. Em 2018/1, dos 23 ingressantes com deficiência, 14 foram selecionados por meio das vagas reservadas. 

Entre as deficiências relatadas no ingresso de 2018/1 estão baixa visão (4), cegueira (2), deficiência auditiva (3), deficiência física (7), deficiência intelectual (2) e outras (5).

por Ana Eliza Alvim - da assessoria

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