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GOVERNO TEMER FOI ALERTADO SOBRE PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS, MAS NÃO ABRIU NEGOCIAÇÕES

CNTA chamou a atenção do Governo de que a situação é de descontentamento geral da categoria, que poderia desencadear manifestações em todo país

Sem a apresentação de propostas concretas por parte do Governo Temer, do MDB, que levem ao fim da paralisação nacional, os caminhoneiros decidem manter a greve. Representantes dos caminhoneiros estiveram ontem, quarta-feira, 23, com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para hoje, quinta-feira, 24. 

Diumar disse que as entidades representantes dos caminhoneiros alertaram o governo sobre a possibilidade de paralisação, mas não tiveram respostas. 

A CNTA protocolou no último dia 16, um ofício dirigido ao presidente Michel Temer (MDB) e aos ministros da Casa Civil, Secretaria de Governo da Presidência, Secretaria-Geral da Presidência, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Ministério da Justiça e Ministério do Trabalho, alertando o Governo das dificuldades que o setor enfrenta, principalmente em razão da alta do preço do óleo diesel e pede apoio na busca de soluções emergenciais para os transportadores. 

A CNTA ainda chamou a atenção do Governo de que a situação é de descontentamento geral da categoria, que poderia desencadear manifestações em todo país. Ao final a CNTA pediu uma audiência com o Planalto em caráter emergencial para tratar do assunto, mas o Governo Temer não se interessou.


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As principais reivindicações dos caminhoneiros são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.

A paralisação entra hoje, quinta-feira, 24, em seu quarto dia, já provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos. Também há relatos de reflexos na aviação civil.

Novas adesões
Os trabalhadores portuários foram chamados a aderir à paralisação deflagrada pelos caminhoneiros em todo país. Uma assembleia desta categoria para discutir a proposta foi marcada para o próximo sábado, 26. 

Somente no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, uma eventual adesão dos trabalhadores portuários deve envolver 7 mil pessoas, entre estivadores, capatazes, conferentes de cargas, guardas-portuários e funcionários administrativos.

A greve
A paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos foi convocada nesta segunda-feira, 21, pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os estados com mais pontos de manifestações nas rodovias federais são Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.

Em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Rio de Janeiro, também é grande a mobilização de caminhoneiros nas estradas federais.

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