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SUL DE MINAS É DESTAQUE NO DESENVOLVIMENTO DE ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO

Sebrae Minas fomenta setor, que tem Itajubá como um dos polos

Nos últimos anos, o movimento de inovação ganhou força no Brasil, com as startups se destacando. Minas Gerais é o segundo maior polo desse modelo de negócios do país: concentra 12% das empresas do segmento, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). 

No Sul de Minas, há 57 startups, 9,8% do total estado. Por isso, o Sebrae Minas tem trabalhado no desenvolvimento dos ecossistemas de inovação nas microrregiões de Alfenas, Itajubá, Lavras, Santa Rita do Sapucaí e Varginha: são ações para poiar e propiciar condições para que as startups se desenvolvam, ampliem o potencial de negócio, entrem e se consolidem no mercado.  

As startups são empresas em fase inicial, que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido crescimento. Normalmente, há base tecnológica e o modelo de negócio pode ser facilmente replicado, sem aumento proporcional dos custos. 

Já os ecossistemas de inovação são representados pelos ambientes nos quais tais empresas estão inseridas, formando uma cadeia que reúne aceleradoras, entidades de apoio, incubadoras, universidades, grupos organizados de investidores, movimentos locais e startups – todos que contribuem direta e indiretamente para o desenvolvimento das empresas. 

A ABStartups e a Accenture, líder global em soluções e estratégia de negócios, fizeram o estudo Radiografia do Ecossistema Brasileiro de Startups 2017. Segundo os resultados, é essencial que haja o desenvolvimento de uma cultura empreendedora, com mobilização de todos os atores, para a construção de um ecossistema de inovação relevante em uma localidade.  

Seguindo essa premissa, o Sebrae Minas promove ações com representantes do setor, traçando, assim, um plano de atuação que visa a transformar o Sul de Minas em um ambiente propício à inovação e aos novos negócios. 

“O desenvolvimento do ecossistema de inovação do Sul de Minas é também um compromisso do Sebrae, que, por meio da articulação entre os setores público, produtivo e acadêmico, apoia o desenvolvimento de novas ideias com potencial para se tornarem empreendimentos promissores. 

O Sebrae também atua no apoio à formatação de modelos de negócios, gestão e incubação, sempre contando com a colaboração de parceiros estratégicos. 

O objetivo é promover o desenvolvimento socioeconômico do território, por meio do conhecimento e da inovação”, afirma o gerente da Regional Sul do Sebrae Minas, Rodrigo Ribeiro Pereira. 

Ecossistema de Itajubá
Com forte vocação nos setores de educação, pesquisa e inovação, Itajubá formou um dos mais importantes ecossistemas de empreendedorismo e inovação do país. Lá, há empreendimentos consolidados e atuantes no desenvolvimento da pesquisa científica e de novas tecnologias, produtos e processos. 

A cidade possui uma incubadora de base tecnológica – criada pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), com capacidade de incubar aproximadamente 50 startups – e mais de 80 indústrias ligadas ao setor de tecnologia, entre pequenas, médias e grandes, responsáveis por gerar mais de dez mil empregos diretos.

Justamente para gerir, de forma colaborativa, as ações e atividades de inovação e empreendedorismo é que, recentemente, o município fundou a Associação para Inovação e Empreendedorismo de Itajubá (Inovai). Estão envolvidos na ação poder público, entidades de classe e sociedade.

“Desse modo, Itajubá conta com a atuação dos três grandes agentes do ecossistema, a chamada Tríplice Hélice: participação dos governos, que são fomentadores, reguladores e promotores; indústria, que é um agente transformador; e universidades, um agente gerador e promotor de ciência, tecnologia e inovação. E o Sebrae Minas tem atuado em conjunto com essas instituições em prol do fomento ao empreendedorismo e à inovação no Sul de Minas, com a realização de ações que beneficiem o crescimento dos micro e pequenos negócios voltados para a tecnologia”, avalia a analista do Sebrae Minas na microrregião de Itajubá, Elaine Rezende.

Um bom exemplo de como o Sebrae Minas contribui para o crescimento das startups de Itajubá é a Pandô Apps. 

Fundada em 2013, a empresa vende soluções completas para web, além de desenvolver aplicativos personalizados para dispositivos móveis. Logo nos primeiros meses de atuação, a empresa recebeu suporte do Sebrae e, desde então, participou de cursos, treinamentos, missões técnicas e projetos de gestão. 

“Ao longo de nossa jornada sempre exploramos a rede de contatos do Sebrae Minas, chegando em clientes que dificilmente teríamos acesso. Com a maturação da empresa, fomos contemplados com um Sebraetec e isso ajudou a deslanchar um projeto, recém-premiado pela Ericsson, Vivo e Inatel. E, apesar de acelerado, o crescimento de uma startup é um processo de longo prazo e demanda solos férteis para germinar. Como apoiador do ecossistema, o Sebrae tem garantido que sementes plantadas gerem bons frutos”, afirma o CEO da Pandô Apps, Thiago Pereira Ferreira.

por Luciana Trindade - da assessoria

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