quinta-feira, 4 de julho de 2019

EM MINAS GERAIS QUEIJO PREMIADO TEM FILA DE ESPERA

Clientes esperam de 7 dias a 6 meses por exemplares da Queijo d’Alagoa-MG
Queijos premiados

Não podia ser outro lugar. Na pacata cidadezinha do interior de Minas Gerais chamada Alagoa, onde o tempo parece passar um cadinho mais sereno e devagar, existe fila de espera para os exemplares artesanais da Queijo d’Alagoa-MG.

O motivo da fila? Muitos prêmios coroam a empresa mineira que é pioneira no Brasil na venda de queijo pela internet.

PRÊMIOS, MUITOS PRÊMIOS: A Queijo d’Alagoa-MG nasceu em novembro de 2009 para ajudar um produtor de queijo, Sô Batistinha, a escoar sua produção. O negócio cresceu e hoje contribui com o desenvolvimento local, atrai turistas para o município e ajuda a manter aberta a única agência dos Correios na cidade.

O primeiro prêmio veio em 2013 em Belo Horizonte. A Queijo d’Alagoa-MG recebeu o Troféu Modesto Araújo, Prêmio de Empreendedorismo e Inovação da Fundação Dom Cabral e Diário do Comércio. No ano seguinte, também na capital mineira, a loja virtual de queijos recebeu o Prêmio MG Turismo no Ouro Minas Palace Hotel. Ainda em 2014 a Queijo d’Alagoa-MG venceu o Concurso O Melhor Queijo de Alagoa. Em 2015 e 2016 vieram as medalhas do Prêmio Queijos Brasil. O ano 2017 foi um divisor de águas: Medalha de Bronze no Mondial du Fromage em Tours, na França. Ainda em 2017 o Troféu Super Ouro no III Prêmio Queijos Brasil em São Paulo. Em 2018 a Queijo d’Alagoa-MG recebeu o Prêmio Melhores do Ano da Revista Prazeres da Mesa, duas Medalhas de Ouro, uma de Prata e uma de Bronze no IV Prêmio Queijos Brasil. Recentemente, em 2019, Medalha de Prata no Mondial du Fromage na França e Medalha de Prata no concurso municipal com o Queijo Alagoa Pequena. O queijo do Sô Batistinha também ganhou Medalha de Bronze neste concurso.

Os certificados dos prêmios lotam a parede da loja física, que está precisando de mais espaço, e aumenta a demanda pelos queijos, que cada vez estão tornando-se mais disputados. “O queijo é delicioso! Vai faltar espaço na embalagem pra tanta medalha!” brinca a internauta Jaque Miyamoto, de São Paulo.

ARTESANAL NÃO É INDUSTRIAL: Além dos prêmios, outro fator que justifica a geração da fila de espera é o volume da produção. O queijo artesanal é feito em pequena escala, diferente do industrial que é feito em grande escala. “O queijo do Sô Batistinha é um queijo feito em micro lotes:, são apenas 07 peças por dia!” exemplifica Osvaldo Filho, fundador da Queijo d’Alagoa-MG, justificando que não tem outro caminho a não ser o da paciência.


E haja paciência para quem deseja o Queijo do Coronel, peças grandes maturadas com azeite por mais de 100 dias a 06 meses, eleito um dos 5 Melhores Queijos do Brasil pela Revista O Globo, Medalha de Ouro no IV Prêmio Queijos Brasil. “Temos clientes esperando há 6 meses por exemplares do Queijo do Coronel. A gente tem que ter paciência para maturar os queijos e o cliente tem que ter paciência para esperar o processo de maturação. A espera é compensada com um sabor intenso, picante e persistente na boca” brinca Osvaldo.

“Coloca meu nome na fila de espera” pediu Suzana Tamanaha, uma das integrantes da comitiva coordenada por Rusty Marcellini enquanto faziam a Rota do Queijo e do Azeite no feriado de Corpus Christi em Alagoa.

Outro queijo com fila de espera é o Queijo Faixa Dourada, ele recebeu o troféu Super Ouro, além da Medalha de Ouro, no III Prêmio Queijos Brasil. É maturado com azeite de Alagoa – eleito o melhor azeite do hemisfério sul na Expo Oliva, diga-se de passagem – de 30 a 40 dias. “Esperei 30 dias para receber o queijo, mas foi gratificante: o queijo é maravilhoso! O sabor do queijo compensou cada segundo de espera. Agora estou na fila por mais quatro exemplares” confessa Rodrigo Pistoresi de Nova Esperança/PR.

Quem tem pressa come queijo fresco. Esta constatação transformou-se numa das frases queijísticas da Queijo d’Alagoa-MG. Tendo paciência é possível apreciar os queijos maturados.

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