quinta-feira, 19 de novembro de 2020

SANTA CASA DE ITAJUBÁ USA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA BARRAR COVID-19

Aplicativo desenvolvido pela startup Cyberlabs mede temperatura e controla sintomas de funcionários e visitantes no acesso ao hospital

KeyApp na Santa Casa de Itajubá

A Santa Casa de Misericórdia de Itajubá, no Sul de Minas Gerais, conta com a ajuda de Inteligência Artificial para reduzir a contaminação por coronavírus em suas instalações, criando uma rede de proteção para colaboradores, pacientes e visitantes. Equipado com um módulo de gestão do risco Covid, o aplicativo KeyApp, desenvolvido pela startup carioca CyberLabs, consegue calcular a probabilidade de uma pessoa estar ou não contaminada, permitindo que a Santa Casa tome medidas preventivas. Até o momento, 18 médicos e enfermeiros já foram temporariamente afastados com o alerta da tecnologia.


Instalado em um totem na recepção do hospital, o KeyApp funciona como uma ferramenta de controle de acesso, capaz de monitorar a entrada, saída e circulação de pessoas. Para utilizá-lo, o usuário baixa um aplicativo gratuito na AppStore ou Google Play e preenche seus dados. Na Santa Casa, o ingresso é feito por reconhecimento facial, sem nenhum contato físico. A ferramenta monitora todos os cerca de 250 funcionários, incluindo médicos, enfermeiros, recepcionistas, funcionários da lanchonete e do estacionamento, gerando um ciclo de segurança em torno do local.

A entrada na instituição está também condicionada ao preenchimento, dentro do próprio aplicativo, de um formulário de auto avaliação sintomática criado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa em parceria com a CyberLabs. O KeyApp gera, através de inteligência artificial, dados que a diretoria do hospital acompanha em tempo real, prevendo quais funcionários têm maior risco de contaminação antes mesmo do diagnóstico médico ou da realização do teste.

As perguntas do formulário buscam identificar se o usuário apresentou sintomas de contaminação nas últimas horas, se manteve contato com suspeitos ou se esteve no mesmo ambiente com alguém que tenha sido contaminado. Após o preenchimento, o colaborador recebe, via SMS, uma avaliação de seu risco de contágio em tempo real. “Se o score for baixo, ele poderá trabalhar normalmente. Se o número for alto e representar risco, o colaborador é orientado a ir para casa e ficar em isolamento”, explica Tamara Divino, supervisora da Qualidade da Santa Casa. Ainda segundo Tamara, a administração da Santa Casa acompanha todas as informações enviadas pelos funcionários em um dashboard disponibilizado pela CyberLabs. Pela ferramenta, a equipe tem acesso às respostas dos funcionários e ao score de cada um.

Além do formulário, o totem de reconhecimento facial também pode aferir a temperatura dos funcionários e visitantes. Caso o resultado fique acima de 37,5ºC, o usuário também tem a entrada restrita no hospital. Automatizar o procedimento, de acordo com Tamara, ajudou a criar uma barreira de segurança mais confiável para o hospital, que antes dependia do bom senso de cada colaborador e visitante para reportar os sintomas. “O KeyApp também protege a intimidade de cada um, já que apenas a administração tem acesso às informações”, explica a supervisora.

A CyberLabs oferece todas as funcionalidades do KeyApp para a Santa Casa de Itajubá como meio para democratizar o acesso à Inteligência Artificial por todas as camadas da população. Além da instituição mineira, outras entidades públicas já receberam a solução, como o Centro de Operações Rio (COR) e algumas subestações de Furnas. “É a primeira vez que instalamos a solução em um hospital, além de ser nosso primeiro cliente em Minas Gerais. A tecnologia é uma importante aliada do combate à doença”, explica Felipe Vignoli, sócio-fundador da CyberLabs.

A Santa Casa também contará, em breve, com outra aplicação do KeyApp, na qual o visitante poderá avaliar o ambiente, dando notas de 1 a 10 sobre o que achou da experiência na Santa Casa. Com as respostas, a equipe poderá tomar ações para aumentar a satisfação do público. “Nós sempre buscamos tecnologias que possam nos ajudar a estar mais seguros e preparados para atender nossos pacientes e colaboradores da melhor forma”, finaliza Tamara.

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