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CONSELHEIRO DO FÓRUM DO FUTURO, EX-REITOR DA UFLA FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROJETO BIOMAS


Em uma iniciativa do Instituto Fórum do Futuro, que reúne diversas entidades de peso da ciência e da gestão de políticas públicas e privadas, está sendo apresentado desde ontem, quarta-feira, dia 1º e termina hoje, quinta-feira, dia 2 de dezembro, o primeiro Polo Demonstrativo do Projeto Biomas Tropicais, o "Amazônia 1", que está sendo instalado nos municípios de Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão do Oeste, em Rondônia. 

As propostas do programa pretendem demonstrar que a partir de Ciência, Tecnologia e Inovação é possível promover a Bioeconomia Tropical, gerar renda, emprego e inclusão social de forma sustentável, e manter a floresta em pé.

Para o presidente do Instituto Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli, "excluir do debate as soluções e tecnologias sustentáveis que a Ciência já dispõe para oferecer é um verdadeiro atentado contra os direitos humanos, contra as chances de sobrevivência dos povos tropicais. Só na Amazônia são 29 milhões; no mundo, centenas de milhões de habitantes vão cada vez mais necessitar de conhecimento científico para enfrentar os grandes desafios das próximas décadas: as mudanças climáticas, o aumento da fome e o incremento das correntes migratórias forçadas, que mantêm o mundo em sobressalto", diz o ex-ministro da Agricultura, que liderou o processo de criação da Agricultura Tropical Sustentável, nos anos 1970.

Participam do evento de lançamento, em Rondônia, as representações no Brasil da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA) e da Rede do Conhecimento organizada pelo Fórum do Futuro (Embrapa, ESALQ/USP, Universidades Federais de Lavras (UFLA) e Viçosa (UFV), Sebrae, FGV e CNPQ), cujo presidente, Evaldo Vilela, é também Conselheiro Científico do Instituto. 

Para o conselheiro Antônio Nazareno Guimarães Mendes, ex-reitor da Universidade Federal de Lavras por duas gestões, os Polos Demonstrativos do Projeto Biomas poderão se tornar a referência confiável sobre ações sustentáveis, planejadas, que possibilitarão a convivência entre Bioeconomia tropical sustentável, a produção de alimentos e a geração de renda para as populações situadas nas zonas trópicas do Planeta.

Outra participação confirmada é a do Banco de Desenvolvimento da África, que já se posicionou como parceiro do esforço pretendido por Alysson Paolinelli de que essa rede de instituições tropicais consiga provocar um debate voltado à construção de um novo pacto global do alimento.

Na análise dos conselheiros do Fórum do Futuro, mais da metade das tecnologias sustentáveis já produzidas pelas instituições de Ciência no Brasil jamais chegaram à sociedade, por diversos motivos.

A implantação do Polo Demonstrativo Amazônia 1 "será um verdadeiro laboratório aberto para mostrar como é possível, desde já, melhorar a qualidade de vida das pessoas, mantendo a floresta em pé e como aliada do processo civilizatório", comenta o conselheiro Paulo Haddad, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento. Ele acrescenta: "isto só será possível se conseguirmos integrar as visões da ciência, da iniciativa privada e dos atores locais".

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