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ENTIDADES DEBATEM ASSÉDIO MORAL NA UFSJ


As entidades representativas dos três segmentos da ADUFSJ Seção Sindical, Sinds-UFSJ e DCE, da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) promoveram no dia 27 de junho, no auditório do Campus Santo Antônio, o evento Dia de prevenção e combate ao assédio moral na UFSJ.

Realizado de forma híbrida (presencial e on-line), o evento teve como objetivo informar, debater e discutir ações de prevenção e combate ao assédio moral no âmbito da Universidade. Para tanto, foram convidados representantes dos segmentos, da Comissão de Assédio Moral do Sinds-UFSJ, além de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFJF (Sintufejuf), que relataram suas experiências como técnicos dessa federal.

Abrindo as falas, o coordenador-geral do Sinds-UFSJ, Joaquim Rodrigues da Costa, afirmou que a ideia de realizar o evento surgiu a partir de uma assembleia da entidade, quando foi levantada a necessidade de se formar uma comissão do Sindicato para conduzir as discussões sobre o tema. “O que queremos é que as pessoas se informem sobre o assédio, no sentido de poderem denunciar quando for necessário. Discutir o assédio contribui para melhorar o ambiente organizacional e as relações de trabalho”, defendeu.

Falando em nome da Comissão de Assédio Moral do sindicato dos servidores técnicos-administrativos da UFSJ, Ermita Rodrigues leu uma carta do grupo entregue à Reitoria, na qual relata a “situação preocupante” do assédio na instituição. Para ela, o enfrentamento do assédio moral passa por conscientização, engajamento e ações concretas para combater o problema. A luta, de acordo com Ermita, é de todos e é necessário ser “agente de mudança”. “Precisamos nos expor e ver de qual lado nos encontramos nessa luta”, advertiu.

Institucionalizar medidas
O coordenador do Sintufejuf, Flávio Sereno, parabenizou as entidades pelo evento, cuja discussão é importante e urgente. O sindicalista denunciou que, na maioria dos casos, falta reconhecimento, por parte das instituições, de que o assédio ocorre. “Esse é o primeiro passo para se combater o assédio.” Segundo ele, o desafio deve ser institucionalizar medidas “perenes e eficazes.”

A presidenta da ADUFSJ – Seção Sindical, Jaqueline de Grammont, defendeu o estabelecimento de uma política sobre esse tema na UFSJ. “É preciso pensar o assédio como política, mas também como um problema de saúde dentro da Universidade. Ter esse espaço de discussão aqui e agora é fundamental”, afirmou.

“É preciso documentar”
A advogada do Sinds-UFSJ, Vivian Fagundes, apresentou e comentou alguns aspectos jurídicos do assédio moral, que se caracteriza principalmente por “condutas reiteradas por um período prolongado” da parte de quem assedia. “É preciso documentar muito bem os casos, para se conseguir provar o assédio na Justiça.” Após enumerar diversas situações que caracterizam o assédio moral, Vivian revelou que o assédio pode vir tanto do chefe em relação aos subordinados quanto ao contrário. E pode acontecer também entre colegas, que não ocupam cargos de liderança.

A necessidade de diretrizes bem determinadas e claras é fundamental para não se repetir a violência nas organizações. Foi uma das ideias da também coordenadora do Sintufejuf, Elaine do Bem, que faz parte do GT de Assédio Moral da UFJF. As leis sobre o tema, lembrou Elaine, estão aí, mas o que se precisa é a institucionalização da luta contra o assédio. “Além das campanhas educativas, é preciso uma rede de apoio para receber os assediados”, sugeriu.

Mecanismo
Presente ao evento, o pró-reitor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da UFSJ, Lucas Aarão, ressaltou a necessidade de discussão do assédio e da proposição de um mecanismo institucional para que as pessoas envolvidas saibam o caminho a seguir. Lucas falou também do Programa de Desenvolvimento de Lideranças, atualmente desenvolvido pela instituição, cujo próximo módulo tratará de conflitos no ambiente de trabalho.

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