Iniciativa busca integrar Ministério Público, Estado, PMMG e PCMG para prevenir, acompanhar e estabelecer estratégias de neutralização a esses casos em Minas Gerais
O grupo será um fórum deliberativo no qual se definirão parâmetros da apuração coordenada e integrada dos órgãos no enfrentamento aos casos de violência extrema nas escolas, com objetivo de prevenir, acompanhar e estruturar dados e estratégias de neutralização.
A resolução que cria grupo foi assinada pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior; pela promotora de Justiça Ana Carolina Zambom, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Caoeduc); além do secretário de Estado Adjunto de Justiça e Segurança Pública, coronel Edgard Estevo da Silva; do comandante-geral da PMMG, coronel Rodrigo Passi do Nascimento; e da chefe da PCMG, Letícia Baptista Reis.
Ao apresentar a finalidade do GIE-Escolas, a promotora de Justiça Ana Carolina Zambom citou o desafio do Poder Público em lidar com uma questão tão sensível e complexa, em um universo que envolve cerca de 16 mil escolas no estado. “O projeto é pautado numa cultura de colaboração, inteligência e resposta imediata. O grupo reunirá dados de várias fontes, de registros do sistema de segurança e escolares, de redes sociais, com a finalidade de integrar informações, o que permite uma análise do problema da violência escolar e auxilia na formulação de padrões, pontos críticos, tendências e ameaças”, explicou.
A coordenadora do Caoeduc ainda salientou que o grupo representa uma unidade de difusão de conhecimento. “Essa abordagem colaborativa fortalece a capacidade de detectar, prevenir e responder às ameaças de violência”, apontou. Acrescentou que o grupo adotará uma estratégia de criar sinais de alerta e estabelecer as medidas necessárias em tempo real. A promotora também ressaltou a importância da participação das escolas, como verdadeiras incubadoras de cidadania.
O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, também enfatizou a importância do trabalho de inteligência e articulação entre as instituições. “Nosso estado tem dado o exemplo de cooperação e harmonia. Além disso, a busca de uma solução para esse problema passa pela educação, pela promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes e pelos investimentos do Estado em políticas públicas”.
Seminário sobre segurança escolar
O evento de lançamento do GIE-ESCOLA marcou também a realização do seminário “Segurança Escolar e Novas Fronteiras da Inteligência”, organizado com o apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do MPMG.
A iniciativa conta com a apresentação “Ataques de Violência Extrema em Escolas do Brasil", realizada pela professora do Departamento de Psicologia Educacional da UNICAMP, Telma Pileggi Vinha; "Ataques às Instituições Escolares: do preconceito ao ódio; a constituição de um extremista", com o agente da Polícia Federal Carlos Frederico Felício Fagundes; bem como com a apresentação de caso prático de atuação do GIE-Escolas, feita pelo coordenador do Gaecibe, Mauro da Fonseca Ellovitch; pelo diretor da Agência Central de Inteligência da SEJUSP/MG, Murillo Ribeiro de Lima, pelo coronel da Polícia Militar de Minas Gerais Miller França Michalick e pelo delegado de Polícia Civil Vitor Amaro Beduschi Beloti.
O seminário é encerrado com a palestra "Escola Segura - Boas Práticas de Atuação no Ciberespaço", ministrada pelo coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, delegado Alesandro Gonçalves Barreto.
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