A Agência ZETTA de Inovação da Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou uma reunião com a equipe de governança do projeto Semear Digital, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e conduzido na UFLA pela equipe da ZETTA e AGRITECH UFLA. Na reunião foram organizadas visitas ao local selecionado pela governança do projeto, o futuro Distrito Agrotécnologico (DAT) no município de Ingaí, onde será implementado o projeto Semear Digital em Minas Gerais.
O Semear Digital foi aprovado no final de 2022 em edital da FAPESP para constituição de centros virtuais orientados a problemas específicos e com impacto social e econômico ao longo de cinco anos. Sua missão é atuar na pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologias emergentes visando à inclusão de pequenos e médios produtores rurais. Entre as ações previstas, está o estabelecimento de Distritos Agrotecnológicos, em diferentes regiões do País, para a promoção de soluções de conectividade em áreas rurais e a inserção de tecnologias digitais em processos de produção agropecuária, envolvendo, por exemplo, aplicações em inteligência artificial e sensoriamento remoto, automação e agricultura de precisão, rastreabilidade e certificação.
Em Minas Gerais, Ingaí foi o município contemplado para instalação do DAT. Os municípios que receberão os DATs foram selecionados de forma técnica, com metodologia que utilizou indicadores socioeconômicos, como densidade demográfica, educação, infraestrutura, uso de internet e de computadores. Critérios de trabalho de campo, como logística e apoio técnico, diversidade de biomas e atividades agropecuárias definiram a escolha final dos municípios.
A estruturação do levantamento utilizou informações estatísticas de instituições públicas de reconhecida capacidade técnica. Entre elas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados do último censo agropecuário, realizado em 2017.
Funcionando como um piloto de fazenda inteligente, os DATs também permitirão investigar e validar tecnologias habilitadoras para o desenvolvimento de soluções digitais priorizadas para cada realidade. Por meio de parcerias, vai propor soluções em comunicação; pesquisar, desenvolver e validar tecnologias habilitadoras para soluções digitais; e, ainda, capacitar produtores, técnicos agrícolas e consultores em tecnologias digitais por meio de associações de produtores, cooperativas, escritórios de extensão rural públicos ou privados. Entre os potenciais parceiros do projeto, estão: produtores e cooperativas, grandes empresas fornecedoras, startups e programas de apoio ao empreendedorismo e inovação aberta, agentes financeiros e públicos das esferas federal, estadual e municipal, além de instituições de ensino e pesquisa.
*Por Sebastião Filho
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