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FECOMÉRCIO MG: VENDAS NO VAREJO DE MG AVANÇAM, MAS DESAFIOS PERSISTEM


O varejo restrito de Minas Gerais avançou 0,5% em novembro depois de registrar queda de mesmo percentual em outubro, sendo que no país houve recuo de 0,4% no mês. Os números estão na análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG utilizando os dados mais recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.

Em novembro, as quatro frentes de análise: mês corrente, novembro 2024 x novembro 23, acumulado no ano e últimos 12 meses, apresentaram alta no volume de vendas no varejo restrito no estado. O comércio restrito envolve todos os bens de consumo, com exceção de materiais de construção e automóveis. O varejo ampliado é composto por vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo.

A alta do varejo restrito no estado em novembro, de 0,5%, só não foi acompanhada por dois grupos de bens. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram queda de -2,2%, assim como móveis e eletrodomésticos (-2,8%).

Na comparação entre o volume de vendas do varejo restrito de novembro de 2024 e novembro de 2023, de 1,9% no estado, é resultado do forte crescimento do comércio de móveis e eletrodomésticos (10,7%), tecidos, vestuário e calçados (6,1%), artigos farmacêuticos, médicos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%).

O volume de vendas do varejo restrito no acumulado do ano até novembro em Minas, de 3,8%, expressa o crescimento do grupo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com evolução de 48%. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram alta de 12,7% e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 9,7%.

De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “Os elementos que contribuíram para os índices do varejo restrito positivos observados no Brasil e em Minas Gerais, estão conectados a um mercado de trabalho em expansão e a black friday”.

“De acordo com o monitor realizado pelo núcleo de pesquisa e inteligência da Fecomercio MG, 40,8% dos participantes da pesquisa relataram aumento nas vendas durante a Black Friday, sendo assim um dos fatores que contribuiu para a variação positiva de 3,8% no varejo restrito em Minas Gerais no ano. Apesar das altas taxas de juros praticadas no mercado (SELIC a 12,25% a.a.) e da tendência de crescimento da inflação, que se encontra em 4,83% no acumulado em 12 meses, afetando o poder de compra do consumidor, o setor demonstrou sinais de recuperação. Ainda, foi capaz de promover a geração de novos empregos com as contratações dos temporários, para atender o aumento no volume de vendas no período, o que impactou positivamente diversos setores de comércio e serviços,” esclarece Gonçalves.

As vendas do comércio restrito no estado, nos últimos 12 meses, tiveram aumento de 3,7% com o grupo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação puxando a alta com elevação de 49,9% no período. Também tiveram alta expressiva: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 13,0% e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,2%).

Comércio ampliado é positivo no acumulado do ano
O comércio ampliado em Minas Gerais sustenta crescimento positivo no acumulado do ano com aumento no volume de vendas de 2,1%. O grupo de veículos, motocicletas, partes e peças teve crescimento de 11,6% no período.

No acumulado de 12 meses, o ampliado foi a 1,9% de incremento, também puxado pelo grupo de veículos, motocicletas, partes e peças com 9,9% seguido por material de construção com crescimento de 4,0%. Em novembro de 2024, houve retração de -1,2% no ampliado estadual, assim como na comparação entre novembro de 2024 e novembro de 2023, que apontou queda de -0,7% no estado.

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