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EM FEVEREIRO INFLAÇÃO EM VARGINHA FOI DE 1,28%


No mês de fevereiro o Índice Municipal de Preços ao Consumidor de Varginha (IMPC) apresentou alta de 1,28% em comparação com janeiro. Considerando o período de doze meses, a inflação geral na cidade acumula elevação de 8,75%.

O IMPC é calculado pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas), Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. Para isso são coletados os preços de 5 grandes grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação.

Em fevereiro, o maior aumento em Varginha ocorreu com o grupo comunicação (3,16%) oriundo de reajustes nos planos básicos de internet (3,75%) e de telefonia móvel (2%).

A segunda maior alta foi no grupo transporte (2,44%) devido à correção do etanol (5,52%), diesel (2,45%) e gasolina (2,23%) ocorrida em virtude da elevação do ICMS (gasolina e diesel) e do período de entressafra da cana-de-açúcar.

O grupo alimentação avançou 2,04%. Os produtos que mais subiram de preço foram ovos (28,08%), tomate (21,78%) e carne de frango (15,10%) em razão de questões como baixa disponibilidade de produtos, fatores climáticos e em alguns casos a demanda mais aquecida. Os destaques de queda foram alho (-8,98%), carne suína (-6,26%) e pão francês (-5,69%) ocasionada pela menor demanda e algumas recomposições de preços.

Em relação ao grupo habitação ocorreu queda de -0,06%, cujos destaques foram itens de higiene pessoal (4,17%), energia elétrica (1,15%) e os produtos de limpeza geral da residência (-2,95%).

O grupo educação se manteve estável, após a correção das mensalidades já contabilizadas no índice de janeiro.

O índice oficial de inflação no Brasil, medido pelo IPCA do IBGE, atingiu 1,31% em fevereiro, sendo o maior valor para o mês desde 2003. Apesar de algumas divergências nos resultados dos grupos, o comportamento inflacionário nacional e local foi muito semelhante.

Conforme previmos no relatório anterior, houve uma desaceleração inflacionária em Varginha, visto que em janeiro o índice atingiu 1,72% destoando muito do resultado nacional naquele mês. Porém, essa desaceleração foi bem menor do que projetamos. Já era previsto o impacto da elevação do ICMS nos combustíveis e também o reajuste de alguns serviços, como no caso de comunicações. No entanto, o grupo alimentação continua apresentando fortes altas e impedindo uma queda maior no nível inflacionário local.

A difusão inflacionária no mês de fevereiro, que representa a quantidade de produtos pesquisados que tiveram alta nos preços médios, teve forte expansão chegando a 61,4% em Varginha (em janeiro foi de 43%). Esse resultado foi muito semelhante ao nacional que atingiu 60,7%.

Para o próximo mês, a dinâmica dos preços dos alimentos deverá ser a principal variável determinante da inflação local e nacional, visto que os combustíveis e os serviços devem ter variações menores depois das correções ocorridas em janeiro e fevereiro. A política anunciada pelo Governo Federal de isenção do imposto de importação para certos produtos alimentícios poderá surtir efeito no curto prazo e contribuir para a queda nos valores. No entanto, ações para melhoria da produção agrícola e da disponibilidade interna desses produtos poderão ser mais efetivas no combate à inflação no médio e longo prazo.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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