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ABAETÉ E PAINIERAS RECEBEM PROJETO PARA RECONVERSÃO PRODUTIVA DE PASTAGENS DEGRADADAS


A Embrapa Milho e Sorgo e o Sicoob Credinacional estão lançando um novo projeto com foco na reconversão produtiva, que é a recuperação de pastagens degradadas, na Região de Abaeté, Minas Gerais e de municípios vizinhos. Para formalizar o início das atividades foram realizados dois encontros, um na Prefeitura de Paineiras e outro no Parque de Exposição de Abaeté, dia 10 de abril.

A iniciativa é liderada pelo engenheiro agrônomo Sinval Lopes Resende, do Setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, unidade da Embrapa, sediada em Sete Lagoas, MG. “Os sistemas Integração Lavoura-Pecuária promovem a formação de pasto de qualidade, para a sustentabilidade da pecuária regional. Utilizaremos o cooperativismo, a pesquisa, a extensão rural e a plataforma Agromoderna para fazer as conexões com o mercado”, disse Lopes.

A Prefeitura Municipal de Abaeté, a Prefeitura Municipal de Paineiras, o Sindicato Rural de Abaeté, o Sistema FAEMG/SENAR e a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), o Sindicato Rural dos Produtores de Abaetée e a Cooperabaeté são parceiros nesse trabalho.

O projeto vai contemplar oito temas: Diagnóstico - Geotecnologias orbitais no agronegócio e mudanças do clima; uma capacitação MBA Gestão do Agronegócio; Cooperativismo para um desenvolvimento regional sustentável; Reconversão produtiva; Genética e melhoramento animal e vegetal; Manejo reprodutivo e sanitário; Nutrição e suplementação; Sistema de monitoramento de indicadores produtivos e econômicos indicadores de sustentabilidade referentes ao teor de carbono do solo; Créditos de carbono e mercado de carbono e Mercado futuro.

A reunião em Paineiras aconteceu na tarde do dia 10, com a presença do prefeito Osman de Castro Menezes, do vice-prefeito Ricardo Ferrão, do presidente do Sicoob Credinacional Artur José de Andrade e de seus respectivos assessores. Lopes abordou “Reconversão produtiva para a sustentabilidade regional” e o pesquisador Daniel Pereira Guimarães abordou o “Diagnóstico – Geotecnologias orbitais no agronegócio e mudança de clima”.

“As soluções digitais têm papel fundamental no agronegócio do futuro. Do mesmo modo que as tecnologias impactaram outros setores da sociedade, o avanço das tecnologias digitais experimentado nos últimos anos também chegou ao ambiente rural, impondo desafios e oportunidades para o desenvolvimento ambiental, econômico e socialmente sustentável”, comentou Lopes.

Conforme apresentado por Daniel Guimarães, “as geotecnologias orbitais são essenciais para a identificação e monitoramento do uso e ocupação dos solos gerando informações sobre o relevo, climatologia, hidrografia, cobertura florestal, pastagens, áreas agrícolas, silvicultura, áreas urbanizadas, umidade e temperatura dos solos e outras”. “A integração dessas informações com as bases vetoriais, como as malhas territoriais, redes viárias e de transmissão de energia, mapeamento dos solos e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), fornece as informações necessárias para a tomada de decisões, visando o gerenciamento e o desenvolvimento sustentável do agronegócio”, disse Guimarães.

Para Menezes e Ferrão as tecnologias são essenciais para o aumento de produtividade. “É importante que os pequenos produtores também tenham acesso a esse conhecimento e à assistência técnica, para que se sintam seguros para os colocarem em prática”, comentaram.

Artur Andrade fez uma retrospectiva da atuação do Sicoob Credinacional. “Em 2013, foi criado o projeto Rural Mais, que tinha o objetivo de aproximar a gestão da cooperativa ao produtor rural. Nesse sentido buscamos conhecer as suas necessidades e o resultado obtido com os recursos do crédito rural.

A partir de 2016, iniciamos uma nova etapa no projeto Rural Mais, que foi a parceria com a Embrapa Milho e Sorgo. A Embrapa nos ofereceu a oportunidade de introdução de novas tecnologias no agronegócio. Foi um grande momento e um diferencial para nossa região. Nossos associados têm acesso às tecnologias mais avançadas e cultivos mais adequados para melhoria das condições das pastagens, do rebanho e da renda”, pontuou Andrade.

Seminário em Abaeté
À noite, no Parque de Exposição de Abaeté, foram recebidos profissionais da extensão rural de empresas públicas e privadas, autoridades municipais e estaduais. A programação incluiu mais um assunto, “Indicadores econômicos na bovinocultura”, abordado por Rodrigo de Paiva, Bruno Xavier e João Pedro Menezes, do Sistema FAEMG/SENAR.

Eles atuam nas cadeias pecuárias de leite e de corte. “São 90 propriedades atendidas mensalmente. Fazemos um trabalho de assistência técnica e gerencial nas propriedades, para que adoção das boas práticas agropecuárias promovam também a melhoria do resultado financeiro”, disse Menezes.

Ricardo Costa, gerente regional do Sistema FAEMG/Senar de Sete Lagoas considerou que as instituições devem trabalhar junto como produtor rural. “O que mais me impactou nesse seminário, foi ver o posicionamento de várias empresas e instituições que estão unidas para desenvolver o agro na região Central do nosso Estado. Esse projeto se soma à proposta de desenvolvimento do agronegócio na Região Central Mineira, em que trabalhamos em parceria com a Embrapa. Aqui está sendo um excelente ponto de partida para que possamos de fato agir em prol do produtor e potencializar mais a abrangência da agricultura na região”, disse Costa.

“Temos o privilégio de ter a nossa região contemplada em diversos programas inovadores e de vanguarda, proporcionados pela Embrapa e pelas nossas instituições locais que são parceiras nesse projeto. Agradecemos a cada um dos profissionais que escolheram trabalhar conosco, para transferir conhecimento e melhores soluções para o desenvolvimento das atividades agropecuárias”, disse o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Abaeté, Constantino Dias Neto.

O prefeito de Abaeté, Ivanir Deladier, citou a qualidade dos alimentos produzidos pela agricultura familiar, que já são comercializados na cidade e abastecem alguns supermercados locais. “Podemos passar de importadores a exportadores de alimentos. Por meio dessas conversas com os técnicos, pessoas que têm conhecimento sobre as tecnologias, podemos incentivar o aumento da produção”, disse.

O presidente da Cooperabaeté, Rogério Lage de Oliveira, disse que as instituições parceiras deste projeto, a Associação Comercial e o Clube dos Diretores Logistas têm se envolvido em uma causa comum para trazer progresso para o agronegócio. “Nossa vocação é o agronegócio. Abaeté tem o 38º rebanho de bovinos de Minas Gerais e as cidades Dores, Quartel, Morada e Paineiras têm colocações de destaque nessa área. A agricultura vem chegando aos poucos. E, consequentemente, vai trazer progresso para nós”, disse Oliveira.

Nesse mesmo propósito, o diretor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG– Abaeté), Anselmo Sebastião Botelho, falou sobre a oferta do MBA. “Após receber o convite da Embrapa e do Sicoob Credinacional, construímos juntos o projeto do MBA – Gestão do Agronegócio. Um curso de alta qualidade que vai abrir espaço para nossa comunidade e para Minas Gerais”.

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