Em meio ao aumento de 25% nos casos de suicídio em Minas Gerais, um dado preocupa especialistas e autoridades: 305 municípios do estado não registraram nenhum gasto com ações de prevenção em 2023. O número representa 35% das cidades mineiras e foi revelado no relatório “Setembro Amarelo: Um panorama sobre a saúde mental nas microrregiões de Minas Gerais”, divulgado neste mês pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG).
O estudo teve como objetivo conhecer a realidade da saúde mental nos municípios e avaliar como cada um tem enfrentado esse desafio de saúde pública. Clique aqui e veja o relatório completo.
Segundo o levantamento, há grande desigualdade nos investimentos em campanhas e políticas preventivas entre microrregiões. Enquanto algumas microrregiões destinam milhões de reais para ações de prevenção, outras praticamente ignoram a causa. Belo Horizonte lidera os gastos totais, com R$ 27 milhões aplicados em 2023, seguida por Barbacena (R$ 16 milhões), São João Del Rei (R$ 5,7 milhões), Curvelo (R$ 5,5 milhões) e Muriaé (R$ 4,6 milhões).
Na outra ponta, estão regiões que destinaram valores menores: Bocaiúva investiu R$ 2,6 mil, Grão Mogol aplicou R$ 18,8 mil, Pirapora empenhou R$ 28 mil, Santa Rita do Sapucaí gastou R$ 36 mil, e Araçuaí, R$ 44,5 mil.
A desigualdade também aparece quando se analisa o investimento per capita. Barbacena lidera com R$ 70,90 por habitante, seguida por Curvelo (R$ 35), São João del-Rei (R$ 29), Capelinha (R$ 20) e São Lourenço (R$ 19,75). Já entre as cidades que menos aplicaram recursos por morador estão Bocaiúva (R$ 0,04), Governador Valadares e Pirapora (R$ 0,18 cada), além de Janaúba (R$ 0,23) Santa Rita do Sapucaí (R$ 0,24).
Investimentos gerais crescem
Apesar das disparidades, o estudo mostra que os investimentos totais em saúde mental vêm crescendo ao longo dos anos. Em 2018, os municípios mineiros empenharam cerca de R$ 48,5 milhões em ações voltadas à prevenção do suicídio. Em 2023, o valor ultrapassou R$ 117 milhões, um aumento de 142%.
A única queda relevante aconteceu em 2021, quando os gastos recuaram para R$ 67,5 milhões, possivelmente devido aos impactos da pandemia de COVID-19 nas finanças municipais e nas prioridades de saúde pública. O maior salto aconteceu entre 2021 e 2022, com um crescimento expressivo de R$ 67,5 milhões para R$ 99,3 milhões.
A pesquisa utilizou como critério o histórico dos empenhos, por meio da identificação de uma das seguintes palavras-chave (e suas variações): “Setembro Amarelo”, “Suicídio”, “Depressão”, “Ansiedade”, “Saúde Mental”, “Transtornos Mentais”, “Apoio Emocional” e “Valorização da Vida”. Veja, abaixo, gráfico com variação dos investimentos totais.

O estudo teve como objetivo conhecer a realidade da saúde mental nos municípios e avaliar como cada um tem enfrentado esse desafio de saúde pública. Clique aqui e veja o relatório completo.
Segundo o levantamento, há grande desigualdade nos investimentos em campanhas e políticas preventivas entre microrregiões. Enquanto algumas microrregiões destinam milhões de reais para ações de prevenção, outras praticamente ignoram a causa. Belo Horizonte lidera os gastos totais, com R$ 27 milhões aplicados em 2023, seguida por Barbacena (R$ 16 milhões), São João Del Rei (R$ 5,7 milhões), Curvelo (R$ 5,5 milhões) e Muriaé (R$ 4,6 milhões).
Na outra ponta, estão regiões que destinaram valores menores: Bocaiúva investiu R$ 2,6 mil, Grão Mogol aplicou R$ 18,8 mil, Pirapora empenhou R$ 28 mil, Santa Rita do Sapucaí gastou R$ 36 mil, e Araçuaí, R$ 44,5 mil.
A desigualdade também aparece quando se analisa o investimento per capita. Barbacena lidera com R$ 70,90 por habitante, seguida por Curvelo (R$ 35), São João del-Rei (R$ 29), Capelinha (R$ 20) e São Lourenço (R$ 19,75). Já entre as cidades que menos aplicaram recursos por morador estão Bocaiúva (R$ 0,04), Governador Valadares e Pirapora (R$ 0,18 cada), além de Janaúba (R$ 0,23) Santa Rita do Sapucaí (R$ 0,24).
Investimentos gerais crescem
Apesar das disparidades, o estudo mostra que os investimentos totais em saúde mental vêm crescendo ao longo dos anos. Em 2018, os municípios mineiros empenharam cerca de R$ 48,5 milhões em ações voltadas à prevenção do suicídio. Em 2023, o valor ultrapassou R$ 117 milhões, um aumento de 142%.
A única queda relevante aconteceu em 2021, quando os gastos recuaram para R$ 67,5 milhões, possivelmente devido aos impactos da pandemia de COVID-19 nas finanças municipais e nas prioridades de saúde pública. O maior salto aconteceu entre 2021 e 2022, com um crescimento expressivo de R$ 67,5 milhões para R$ 99,3 milhões.
A pesquisa utilizou como critério o histórico dos empenhos, por meio da identificação de uma das seguintes palavras-chave (e suas variações): “Setembro Amarelo”, “Suicídio”, “Depressão”, “Ansiedade”, “Saúde Mental”, “Transtornos Mentais”, “Apoio Emocional” e “Valorização da Vida”. Veja, abaixo, gráfico com variação dos investimentos totais.

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