
Na época do fechamento da Estação do Artesanato, a Procuradoria Geral do Município alegou que a Asas do Sapucaí não atuava como “casa de cultura” e que faltava uma lei municipal autorizando o uso do imóvel para venda de peças artesanais.A associação de artesãos suspendeu sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) na sexta-feira passada, 27. O último presidente da entidade, Sílvio Simões, aponta a falta de apoio do poder público como principal razão da desativação. Simões diz que a escassez de recursos o obrigou a montar prateleiras com sucata e até com uma porta de guarda-roupa de sua família. Ele relata ter assumido algumas despesas da associação, como material de escritório e contas de água e luz. Para encerrar o CNPJ, segundo o ex-dirigente, foram gastos R$ 500 do próprio bolso.Embora reclame do prejuízo financeiro, Simões cita o fechamento da associação e a dispersão dos artesãos como suas piores perdas.
“Quem mais perdeu foram os artesãos”, comenta. O microempresário Edvaldo Quirino de Souza, que vendia derivados do milho na estação, conta que o fim da associação o fez mudar de ramo, reduziu a renda familiar e interrompeu o curso técnico de um de seus filhos. Para Quirino, o atual governo municipal teria se recusado a apoiar a Estação do Artesanato para não dar continuidade a um projeto inaugurado pelo ex-prefeito Ronaldo Carvalho (PSDB), cassado em 2008.
Jonas Costa, Gazeta do Vale
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