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CRIANÇAS E ALUNOS ESTRANGEIROS SE ENCANTAM COM TREINOS NA UFJF


‘Quero que Enzo enxergue novas possibilidades, que acenda uma chama nele para o esporte’, diz Géorgia Negreiros, mãe de Enzo, com paralisia cerebral 
A Faculdade de Educação Física da Universidade Federal (Faefid/UFJF) já recebe os primeiros visitantes interessados em acompanhar de perto o treino de atletas olímpicos e paralímpicos de oito países. Por dia, a UFJF oferece mil ingressos gratuitos para espectadores.

Antes mesmo de os esportistas chegarem, a professora Geórgia Negreiros e o filho Enzo, de 7 anos, já estavam à espera no complexo esportivo, na última segunda-feira, 25.

 Enzo teve paralisia cerebral quando ainda estava na barriga da mãe; por isso, sua capacidade motora ficou comprometida.

O professor de atletismo da Faefid, José Augusto Rodrigues se dispôs a mostrar todo o espaço, os aparelhos e a explicar sobre as modalidades. 

Com os olhinhos atentos e cheios de encanto, Enzo, na cadeira de rodas, observava cada parte da pista. 

“Ela é muito bonita”, disse o menino, flamenguista e com ingressos comprados para o futebol de Brasil e Iraque, nos Jogos Olímpicos.

“A minha ideia de trazê-lo é justamente que ele veja a superação. É mostrar que o limite está em cada um de nós, e o esporte ensina muito isso através de cada atleta. Quero que enxergue novas possibilidades, para acender uma chama nele para o esporte”, explicou Geórgia, que espera ansiosa a equipe paralímpica de atletismo do Canadá, prevista para chegar no dia 28 de agosto. 

“É preciso abrir os horizontes e mostrar que é possível. Essa é uma grande oportunidade para ele ver de perto”, acrescentou.

Colombianos e peruanos

Incentivo ao esporte: Diana Prieto, da Colômbia, a filha Daniela, e Fernando Vera, sobrinho de Yobani Gonzales, do Peru
Alunos de doutorado da UFJF, o peruano Yobani Gonzales, de História, e a colombiana Diana Prieto, de Saúde Brasileira, também vieram acompanhar os treinos. Para eles, o incentivo ao esporte no Brasil é muito maior do que em seus países.

“Aqui o apoio começa desde quando se é criança. Esta é uma cultura brasileira forte. E a gente poder olhar esses esportistas de alto nível, sem pagar, de tão perto, é incrível. Por isso, trouxe minha filha para incentivá-la nos esportes”, comenta Diana, com Daniela, de 7 anos, e o sobrinho de Yobani, Fernando Vera, 15. 

“Estou muito emocionada, porque nunca vi nada igual”, contou a garota, colada no gradil da pista de atletismo. 

O adolescente peruano já tinha ido conhecer o Centro Regional de Iniciação ao Atletismo da UFJF (Cria), projeto que oferece atividades na maioria das provas do esporte. 

“A recepção do Cria foi muito boa, acolheram-me e acharam que eu era bom para lançamento de dardo”, disse Vera.

Calouro aos 50
Um dos novos alunos de Ciência da Computação da UFJF e praticante de atividades físicas no campus, Gildo Camargo, 50 anos, percebe o acompanhamento dos treinos como uma oportunidade de aprender culturas diferentes.

“É muito bom observar o treinamento deles. São equipes de primeira. Pode não haver outra chance”, disse o estudante, que é engenheiro de telecomunicações. 

Ingressos
Todos os treinos são abertos ao público, que pode ficar na arquibancada da pista de atletismo e de futebol, acompanhando o atletismo chinês, ou nos assentos do ginásio poliesportivo, onde a seleção masculina de vôlei do Egito se prepara para os Jogos Rio 2016. A UFJF ainda receberá nos próximos dias e semanas, atletas de mais seis países.

Para garantir o ingresso gratuito, o interessado deve obter o ticket por meio do site UFJF 2016, que contém todas as orientações necessárias para a reserva. 

O período para a obtenção dos ingressos se encerra sempre na véspera do dia de atividades. 
da assessoria

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