O presidente do Equador, Rafael Correa (foto), ordenou o embargo dos bens da construtora brasileira Odebrecht e proibiu a saída de seus representantes do país, pois se recusaram a pagar uma indenização por danos, de acordo com um decreto divulgado pela TV local. "Já chega de abusos, não vamos aceitar que qualquer destas empresas internacionais venham enganar este país". O Estado reclama uma indenização pela paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela Odebrecht, que saiu de serviço por problemas técnicos, acrescentou a Teleamazonas.Correa também suspendeu os direitos constitucionais dos funcionários Fábio Andreani Gandolfo, Fernando Bessa, Luiz Antônio Mameri e Eduardo Gedeon, da Odebrecht. Os quatro estão privados do direito de transitar livremente pelo território nacional. O presidente proibiu ainda a saída dos quatro funcionários do país e ordenou a militarização das obras da empresa brasileira, entre as quais uma estrada, um aeroporto e outra hidrelétrica. Segundo o ministro da Defesa, Javier Ponce, os militares já iniciaram uma operação para ocupar todas as instalações da Odebrecht.
No meio da crise institucional entre o governo do Equador e a construtora Odebrecht, diversas famílias dos funcionários da empresa que estão no país, sentem angústia e preocupação. A Odebrecht informou que mantém outros 26 funcionários trabalhando no Equador, e que a preocupação no momento é garantir a segurança e a tranqüilidade deles e de suas famílias. Entre os funcionários está um lavrense. Neste fim de semana ele ligou para a esposa e contou que a situação no país é tensa, mas que estão todos bem.
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