A meta da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) de chegar ao final de 2008 com um consumo interno de 18,1 milhões de sacas, representando um crescimento de 5,8% em relação a 2007 (17,1 milhões de sacas), poderá ser atingida. Pesquisa realizada no período compreendido entre Maio de 2007 e Abril/2008, considerado como intermediário e indicativo de eventuais tendências para o ano, registrou o consumo de 17,45 milhões de sacas, isto representando um acréscimo de 3,43% em relação ao período anterior correspondente (Maio/06 a Abr/07), que havia sido de 16,87 milhões de sacas. "Isto significa que o País ampliou seu consumo interno de café em 570 mil sacas nos 12 meses considerados", diz Natal Martins, da área de Pesquisa e Informações da ABIC. Já o consumo per capita foi de 5,64 kg de café em grão cru ou 4,51 kg de café torrado, quase 74 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2,1% em relação ao período intermediário anterior, o que confirma a constatação da pesquisa InterScience, de que as pessoas estão consumindo mais xícaras de café por dia.Esta pesquisa mostra que 9 em cada 10 brasileiros acima de 15 anos consome café diariamente, o que faz do café a segunda bebida com maior penetração na população, atrás apenas da água e à frente dos refrigerantes e do leite. Este resultado iguala o consumo por habitante/ano do Brasil (5,64 kg/hab/ano) ao da Itália (5,63 kg/hab/ano), supera o da França (5,07 kg/hab/ano) ficando pouco abaixo da Alemanha (5,86 kg/hab.ano). Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os paises nórdicos, com a Finlândia alcançando 12 kg por habitante/ano. "Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,51 kg/hab/ano aproxima-se do consumo histórico de 1965, que foi de 4,72 kg/hab/ano", comemora o presidente da ABIC, Almir José da Silva Filho.
A importância disto está no fato de que a ABIC, ao lançar o Programa do Selo de Pureza, em 1989, anunciou que pretendia reverter a queda no consumo de café que havia à época por meio da oferta de melhor qualidade ao consumidor, com o objetivo de retomar o grande consumo interno registrado pelo extinto IBC em 1965. "Parece que a hora está chegando! Os consumidores brasileiros já reconhecem a melhora da qualidade do café que lhes tem sido oferecido e comemoram tomando mais xícaras a cada dia!", analisa o presidente.
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