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MOVIMENTO LUTA PELA PRESERVAÇÃO DE CACHOEIRAS NO SUL DE MINAS

Após receber a notícia de que empresas sediadas no Estado de Goiás pretendem implantar 5 mini-usinas hidrelétricas na bacia do Rio Mogi Guaçu, localizada no Sul de Minas e no Leste Paulista, para gerar no total até 5 MWh de energia, ou seja no máximo 1 MWh cada uma, a população das cidades sede e do empreendimento protestaram em forma de correntes na internet e boca-a-boca nas ruas. A manifestação ganhou forma com o movimento "Cachoeiras Vivas" criado por diversas ONGs e moradores das cidades ameaçadas pelas mini-hidrelétricas. As Prefeituras e Câmaras Municipais de Socorro, Bueno Brandão e Munhoz também passaram a se empenhar e desenvolver ações na luta para a preservação das cachoeiras, com a criação da Frente Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista em Prol das Cachoeiras Vivas.


As mini-usinas recebem incentivos do Governo Federal por se tratarem de empreendimento que, em tese, apresenta baixo impacto no meio ambiente. Por serem de pequeno porte, as CGHs estão dispensadas de licenciamento ambiental detalhado e também das audiências públicas onde as comunidades locais são ouvidas. Porém, de acordo com o Cachoeiras Vivas, além de impactos ambientais irreversíveis, a perda no setor turístico é incalculável. Os participantes do Movimento não questionam a necessidade de ampliação da matriz energética nacional, o que eles querem é que se preservem os trechos hídricos, que são atrativos turísticos naturais, e consequentemente se mantenha o desenvolvimento econômico dos municípios através do turismo com geração de empregos e renda sempre pautados pelo princípio da sustentabilidade.
O Serrano

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