O Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Minas Gerais (Senalba), distribuiu comunicado em que acusa a Prefeitura de Varginha, no Sul de Minas, de demitir agentes da Área Azul por participar de greve em agosto desse ano. A carta, com o título “Trabalhadores da Área Azul do CDCA de Varginha são perseguidos e demitidos arbitrariamente”, foi distribuída pela cidade essa semana. No texto o sindicato explica que a greve aconteceu depois de “inúmeras tentativas de resolver o impasse (salários atrasados)”.
A presidente do CDCA (Centro de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente), Geisa Teixeira, nega. Ela diz que as demissões foram tomadas por motivos meritórios. “Muitas pessoas querem ficar no emprego, mas não querem trabalhar. Infelizmente, desde que começamos a assinar a carteira de trabalho e contratamos pessoas com mais de 18 anos, eles faltam muito ao trabalho, não têm compromisso. Os motoristas, quando estacionam e não encontram os agentes da Área Azul, isso tem um retorno negativo para a cidade. Entendemos que a greve é um direito do trabalhador, mas foi realizada por todos os orientadores. Se fosse assim (demissão por participar da greve), demitiríamos 120 trabalhadores”. O Senalba diz que foram demitidos os integrantes da comissão de negociação da greve.
Projeto Frankenstein
O sindicato acusa ainda a Prefeitura de Varginha de mandar um “projeto Frankenstein” para os vereadores aprovarem. De acordo com o sindicato, ‘projeto Frankenstein’ é “uma forma de manobra política, em que o Poder Executivo inclui junto com as propostas de fácil aprovação pelo Legislativo outras de difícil aprovação e de interesse do prefeito. O prefeito, então, usou da greve dos trabalhadores para aprovar repasses financeiros de sua prioridade para outros setores”.
Blog do Madeira
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