A expectativa da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), de ver operando na represa a linha hidroviária Alfenas-Formiga em fevereiro de 2012, em caráter experimental, e, comercial, em 2013, não sairá do papel tão cedo. A expectativa é fruto da garantia apresentada, em meados de maio, pelo coordenador de Obras Portuárias do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), Paulo Roberto Godoi, em audiência na Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O coordenador do Dnit até sugeriu, na oportunidade, que o projeto fosse transformado em PPP - parceria público-privada. Acrescentou que o custo de uma hidrovia é de R$ 34 mil por quilômetro - bem inferior ao de uma ferrovia, de R$ 1,4 milhão, e ao de uma rodovia, R$ 440 mil. Paulo Godoi chegou a sinalizar com a possibilidade de a pretensa hidrovia de Furnas se ligar com o sistema hidroviário Tietê-Paranapanema, chegando nos portos da Bacia do Prata, na Argentina.
Na sexta-feira, porém, o Dnit, via assessoria de imprensa, informou que o assunto de Furnas é da competência da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), por se tratar de um lago. Na Antaq, a demanda é conhecida, pelo menos, desde dezembro de 2010. Mas esta autarquia, por sua assessoria, comunicou que o projeto é estadual, e que a Antaq fora apenas demandada para expor a sua experiência. A Alago reúne 37 municípios. Nas suas ações, um dos focos principais é o desenvolvimento do turismo no entorno da represa de Furnas (espelho d'água de 1.406,26 Km²), nos rios que abastecem a lagoa, praias, canyons e cachoeiras.
por Nairo Alméri, do Hoje Em Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário