Há poucos dias antes de começar oficialmente o período eleitoral que escolherá quem ocupará a presidência da República, além de governadores, senadores e deputados federais e estaduais, começam a contar os prazos de um calendário que deve ser observado por partidos políticos, cidadãos e Justiça Eleitoral.
O início oficial da campanha ocorre em 12 de julho, quando começa a propaganda dos candidatos. Em agosto, a partir do dia 19, começa a propaganda eleitoral gratuita e obrigatória em rádio e televisão.
No dia 21 de agosto, encerra-se o prazo para que os tribunais regionais eleitorais julguem os pedidos de registro de candidatos. Entretanto, os que tiverem o registro negado poderão recorrer a outras instâncias, como o TSE.
A partir de 20 de setembro, os candidatos a cargos eletivos não podem mais ser presos, exceto em flagrante ou por sentença condenatória judicial. Três dias antes das eleições, em 2 de outubro, encerra-se a propaganda eleitoral. Os debates entre candidatos podem ter início até essa data e ser concluídos até às 7h do dia 3 de outubro.
Subindo a preços muito acima da inflação ou do crescimento da economia, fazer campanha no Brasil está cada dia mais caro. Em 2002, foram R$ 827,6 milhões gastos oficialmente por partidos e candidatos a presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Oito anos depois, em 2010, a cifra chegou a R$ 4,89 bilhões, aumento de 591%.
Enquanto a busca por candidatos a deputado estadual segue com vários nomes já especulados em todas as regiões do Estado, no pleito para a Câmara Federal os partidos estão passando aperto. E não é para menos, estima-se em média R$ 5 milhões os gastos de uma campanha para deputado federal em Minas.
Em Lavras, no Sul de Minas, a disputa deve ser uma das mais acirradas de sua história e envolverá um embate entre as três lideranças políticas locais, os ex-prefeitos Carlos Alberto Pereira (PMN), Jussara Menicucci (PSDB) e o atual prefeito Marcos Cherem (PSD) e os candidatos de outros redutos eleitorais, mas com bases na cidade.
Destas três lideranças, apenas o ex-prefeito Carlos Alberto deve ser candidato. O empresário é pré-candidato a deputado federal pelo partido ao qual é o presidente estadual. A ex-prefeita segue em silêncio sobre quem vai apoiar e o atual prefeito terá o desafio de reeleger o irmão, o deputado estadual Fábio Cherem (PSD).
Situação e oposições terão uma tarefa difícil: convencer indecisos e eleitores decepcionados com os rumos da política no atual cenário brasileiro e acabam por anular seu voto. Nas eleições municipais do ano passado, foram apurados 56.634 votos em Lavras, no Sul de Minas, município que possui 66.261 eleitores. 51.866 (91,58%) foram votos válidos. Mas o que mais impressiona é o número de votos brancos 2.688 (4,75%), nulos 2.080 (3,67%) e abstenções 11.297 (16,63%).
Este eleitorado será o grande desafio para os candidatos a deputado estadual e federal da cidade, bem como para seus cabos eleitorais e correligionários. Para um cabo eleitoral da cidade, este cenário favorece para os candidatos de outras regiões, já que muitas pessoas decidem na hora o seu voto, sendo que os chamados "candidatos da terra" por residirem na cidade tem tendência a terem maior rejeição.
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